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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes - 31/07/2024




Seleção de candidatos
O Partido Liberal definiu sua chapa majoritária para a disputa à Prefeitura de Varginha. O advogado Zacarias Piva terá como candidata a vice-prefeita a jovem empresária Fernanda David. O nome da candidata a vice demorou a sair e chega após o candidato governista Leonardo Ciacci anunciar o ex-prefeito Antônio Silva como seu vice. A chapa da federação PT, PV e PCdoB ainda não confirmou o nome de Jorge Marçal como candidato a prefeito e nem anunciou quem seria o vice na chapa. Estas serão as três principais chapas que vão disputar a Prefeitura de Varginha em 2024. Nos bastidores o mercado político já se posicionou quanto às possibilidades de cada chapa, baseado em pesquisas (ainda de bastidores) e perfil dos candidatos oficiais até o momento. A escolha de Antônio Silva para vice de Leonardo Ciacci sem dúvida fortaleceu o nome governista e agregou experiência e continuidade de gestão a chapa Ciacci/Toninho. O atual vice e o ex-prefeito contam com forte apoio entre os servidores (que já conhecem a forma de governar dos dois), bem como conta com o maior arco de partidos e lideranças políticas. Já a chapa do Partido Liberal terá Zacarias Piva e Fernanda David, o que será a novidade desta eleição.
 
Seleção de Candidatos – 02
Muitos acreditavam que o vice de Piva seria ocupado pela atual vereadora Zilda Silva, melhor colocada nas pesquisas e mais experiente na política, além de ter um eleitorado cativo. Contudo, possivelmente, a mesma argumentação que tirou o vereador Dudu Ottoni da disputa majoritária também pesou para manter Zilda Silva na disputa pela Câmara: Ou seja, a exemplo de Dudu Ottoni, Zilda Silva tem sua reeleição na Câmara praticamente garantida e seria precipitado para o grupo político do Partido Progressista perder a presença de Zilda no Legislativo em 2025. Ademais, mesmo como candidata a vereadora, Zilda pode contribuir com a chapa Piva/Fernanda David. Já no caso da federação PT, PV e PCdoB as perdas políticas provocadas pela desistência do deputado Cleiton Oliveira em disputar a prefeitura se confirmaram. O Partido Progressista que estava disposto a apoiar a candidatura de Cleiton desistiu do apoio e agora está com o PL de Piva. Além disso, muitas lideranças do setor cultural que hipotecaram apoio a eventual candidatura de Cleiton ao Executivo passaram a apoiar Ciacci/Toninho depois da desistência do deputado. Muito provavelmente o próprio PT de sair rachado caso se confirme a candidatura de Jorge Marçal, visto que o líder petista não tem apoio da unanimidade partidária local e esteve bom tempo distante da política municipal. Ademais, não se acredita que o PV de Varginha vá entregar um nome competitivo para fazer chapa na vice com Marçal. Possivelmente o foco da força política da federação ser a eleição de vereadores, tendo o ex-vereador Rogério Bueno a liderança deste movimento para trazer de volta os partidos de esquerda para o Legislativo. Aliás, Rogério Bueno é apontado como o nome mais competitivo da federação para a disputa Legislativa.
 
Seleção de Candidato – 03
As demais legendas que pretendem lançar candidatos a prefeito em Varginha nas eleições 2024 são claramente partidos “nanicos de esquerda que vão apenas marcar presença na disputa, se realmente vierem disputar, o que não se acredita”. Contudo, é certo que as demais lideranças isoladas que se destacarem fora das chapas lideradas por PSD, PL e PT serão “sementes de novos grupos políticos do futuro, visto que novas lideranças estão surgindo nos partidos menores onde a disputa é também menor”. Quanto aos principais apoios e bandeiras de cada grupo, parece claro que a chapa governista liderada pelo PSD terá forte apoio dos servidores públicos, enquanto que a chapa liderada pelo PL pode agregar apoio da direita e líderes religiosos, já a chapa liderada pelo PT deve contar com o apoio da oposição de esquerda na cidade e parte dos sindicalistas do serviço público. Isso não é certo, mas uma grande possibilidade, tendo em vista o perfil e histórico de cada chapa e candidato. A coluna já tem em mãos duas pesquisas de caráter qualitativo com o perfil do candidato preferido dos eleitores. Claro que os comandos das campanhas também tiveram acesso a tais informações e vão tentar “adaptar seus candidatos a tais preferências, digo isso porque, nenhuma das três principais chapas se enquadra nas preferências gerais da maioria dos eleitores identificada nas pesquisas”. Logo, para quem conhece com profundidade cada candidato a prefeito, vão notar que os marqueteiros vão mostrar “outros prismas de cada nome e não a pessoa que conhecemos”. A conferir
 
Disputa Legislativa
Dois conhecidos articuladores políticos da cidade, que integram campanhas distintas nestas eleições apontam que a disputa polarizada no Legislativo vai continuar na próxima Legislatura 2025/2028. Isso porque nenhuma das três chapas lideradas por PSD, PL e PT vai conseguir fazer maioria no Legislativo nestas eleições. Isso significa dizer que o próximo prefeito não vai chegar com maioria Legislativa em janeiro de 2025 e certamente terá que fazer concessões e arranjos políticos para ter governabilidade. É bem possível que o primeiro presidente da Câmara seja alguém já com experiência política, visto que esperamos muitos “nomes novos na próxima Legislatura” e quem tiver experiência sai na frente para comandar o Legislativo. Mas isso não significa que estes novos nomes que são projetados para a nova composição da Câmara serão apagados, pelo contrário, novos líderes do Legislativo sairão daqueles que chegarão ao poder em 2025 pela primeira vez e muita mudança de posicionamento político vai acontecer logo nos primeiros dois anos da próxima legislatura. Isso porque é muito comum que os grupos políticos sejam desmobilizados após as eleições, mantendo-se apenas o grupo político do candidato a prefeito que ganhar as eleições, o que pressiona os novos vereadores recém-eleitos. Todavia, a exemplo do que já vem acontecendo em Varginha, o Partido Progressista, que possui deputado federal da cidade e deve fazer representantes na Câmara, deve novamente aliar-se a eleitos no Legislativo de outras legendas para montar bloco parlamentar independente a fim de contrapor a disputa de poder na cidade com vistas às eleições de 2026, quando possivelmente teremos entre os candidatos a deputado nomes como o atual prefeito Vérdi Melo, Stefano Gazzola, Dimas Fabiano e Diego Andrade, todos nomes com influência nas eleições de agora, 2024!
 
Uma no cravo e outra na ferradura
A coluna vive a destacar a importância da melhora da Segurança Pública em Varginha. Nossa cidade é um município rico, que movimenta altos valores e bens de elevado destaque. A bandidagem “vê com ganância o desenvolvimento de Varginha, seu povo e suas empresas”. Não é mistério que no passado recente Varginha foi alvo de articulada ação de criminosos para assalto cinematográfico que foi frustrada por ação da Polícia Militar e Rodoviária, com inteligência na Capital. Além disso, os altos valores da saca de café são outro atrativo para quem deseja cometer crimes na cidade que movimenta muito recurso no setor agrícola. Sem falar na área industrial e comercial que cresce na cidade e também movimenta altas somas. Mas vale dizer que nossa cidade possui regionais da Polícia Militar, Civil, Federal além de possuir uma Guarda Civil Municipal, embora as instituições ainda não possuam a interação e compartilhamento de informações desejada para dizermos que temos sintonia de atuação da Segurança Pública. Isso faz com que tenhamos força para coibir grandes ações criminosas na cidade, mas fiquemos desguarnecidos em crimes menores, na maioria das vezes praticados com gangues de adolescentes e bandidos tupiniquins que vem causando grande prejuízos na cidade. Isso pode ser exemplificado pela Guarda Municipal que vem estruturando a Patrulha Rural a fim de dar cabo dos furtos e assaltos na zona rural onde o café estocado em sítios e fazendas chamam a atenção dos bandidos. Certamente que tais crimes são mais estruturados e envolvem quadrilhas que atuam na região. Contudo, dentro dos limites urbanos do município, a mesma Guarda Municipal, juntamente com a Polícia Militar e Civil, “tomam bola nas costas de pequenos bandidos adolescentes e dependentes químicos que furtam fios e outros produtos em obras públicas, praças e comércios locais”. Foi o que acabou de acontecer quando dependentes químicos roubaram fios na construção do Novo Mercado do Produtor. Antes disso, marginais já havia roubado fios de praças e quadras públicas causando prejuízos e deixando espaços públicos no escuro. Ver que instituições como a Polícia Militar e Guarda Municipal conseguem inibir quadrilhas especializadas em crimes graves, mas tomam “um samba de bandidos adolescentes e dependentes químicos é uma piada para tais instituições”. Fica a dica!
 
65,1% dos comerciantes mineiros esperam segundo semestre de boas vendas em 2024
Após dois semestres seguidos de crescimento nas vendas, os varejistas mineiros ouvidos pela Fecomércio MG, apostam que o segundo semestre de 2024 também vai superar o desempenho do primeiro, culminando em dois anos seguidos de bons negócios. Para 65,1% dos comerciantes, o período de julho a dezembro será positivo para o varejo. Os motivos mais citados para tal expectativa são: o segundo semestre é sempre melhor do que o primeiro para vendas, otimismo, aquecimento do comércio e investimento na empresa. O segundo semestre do ano é marcado pela alta da demanda dos consumidores por alguns produtos e serviços. As datas comemorativas do semestre são uma das principais justificativas para este aumento do consumo por parte das famílias, acrescido a uma maior disponibilidade de recursos, frente ao pagamento do 13º salário. Segundo os empresários do comércio varejista de Minas Gerais, as datas comerciais que geram maior expectativa de vendas, embalando o otimismo dos lojistas no segundo semestre de 2024, são puxadas pelo Natal (58,9%), seguido pelo Dia das Crianças (25,1%), Dia dos Pais (25,1%) e Black Friday (17,3%). Quando comparam o semestre encerrado em junho com mesmo período de 2023, 26,7% dos empresários avaliam que o volume de vendas foi maior neste ano. Outro bom indicador de desempenho do varejo mineiro apurado na pesquisa é que mais da metade dos comerciantes ouvidos, 54,5%, atingiram suas expectativas de vendas nos seis primeiros meses do ano. Os números ficaram próximos do desempenho do ano passado para o período. Os resultados positivos observados no primeiro semestre, principalmente no setor do comércio, estão muito atrelados ao fator renda. Apesar do alto endividamento dos consumidores, o aumento da massa real de pagamentos e uma menor influência da inflação em bens de subsistência ainda garantem que as famílias possuam maior capacidade de compra, aquecendo as vendas.
 
60,3% dos comerciantes mineiros serão impactados pelas vendas do Dia dos Pais deste ano
Pesquisa realizada pela Fecomércio MG sobre a expectativa dos empresários do comércio para o Dia dos Pais mostra que 60,3% dos varejistas mineiros são impactados pela data. Entre estes comerciantes, 55,2% têm a expectativa de vendas melhores neste ano em relação ao ano passado. Esse percentual é menor do que o visto nos anos de 2021, 2022 e 2023 e se aproxima do observado no período pré-pandemia, em 2019, quando 47,90% dos comerciantes impactados pela data tinham boas expectativas de venda no ano em comparação com o ano de 2018. Nos primeiros anos posteriores à pandemia a expectativa de vendas se dava por meio de uma base fraca, em que qualquer incremento nas vendas era sinalizado por um crescimento expressivo das expectativas de vendas melhores. No entanto, em 2024 já há total normalização deste processo, sendo que as expectativas de vendas melhores são reais, sendo um bom termômetro para o comércio varejista. As vendas on-line serão utilizadas por uma parcela de 65,3% dos comerciantes. Para 76,7% dos varejistas, a opção é utilizar os próprios estoques para as vendas do Dia dos Pais. Em contrapartida, 23,3% dos comerciantes afirmaram que pretendem investir em produtos específicos para a data. Roupas, bebidas, carnes, kits e cestas se destacam como itens que devem ser os mais vendidos no Dia dos Pais na visão dos empresários. Para 29,1% deles, o ticket médio ficará entre 100 e 200 reais. Entre os empresários, 38,4% acreditam ainda que o ticket médio deverá ser de R$ 70,01 a R$ 200,00.

RODRIGO SILVA FERNANDES é advogado e

articulista político da Gazeta e escreve as quartas

e sextas. Email: Rs.fernandes@fiemg.com.br

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