Controle pelo pensamento? Canadá autoriza testes de chips cerebrais da Neuralink!

Foto: Reprodução

A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, recebeu aprovação da Health Canada, agência equivalente ao Ministério da Saúde brasileiro, para iniciar testes clínicos de seu chip cerebral em humanos no país. O Canadá se torna o primeiro fora dos Estados Unidos a autorizar esses ensaios.

Os testes serão realizados exclusivamente no Toronto Western Hospital, e o recrutamento de voluntários já está aberto. A empresa busca participantes com tetraplegia causada por condições como Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ou lesões na medula espinhal.

Como funcionam os testes?Os ensaios clínicos, chamados PRIME (Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface), envolvem a implantação do dispositivo no cérebro usando um robô cirúrgico. A tecnologia conecta os neurônios a dispositivos externos, permitindo que os pacientes controlem computadores e smartphones apenas com seus pensamentos.

O chip cerebral N1, desenvolvido pela Neuralink, é do tamanho de uma moeda e contém mil eletrodos que captam e transmitem dados cerebrais via Bluetooth. Durante os testes, os participantes poderão realizar atividades como mover o cursor de um computador, jogar videogames e até executar tarefas complexas apenas utilizando as sinapses cerebrais.

Objetivos e segurançaO principal objetivo dos testes é avaliar a segurança do dispositivo e do processo cirúrgico, além de verificar a funcionalidade inicial da interface cérebro-computador. A empresa busca avançar na restauração de funções motoras e no tratamento de condições graves, como Parkinson, Alzheimer e outras doenças neurológicas.

Resultados preliminaresEm testes anteriores nos Estados Unidos, um paciente tetraplégico conseguiu controlar dispositivos eletrônicos e jogar xadrez após receber o implante cerebral. Os avanços demonstram o potencial revolucionário da tecnologia, que também busca criar uma simbiose entre humanos e inteligência artificial.

Próximos passosA Neuralink espera expandir os ensaios clínicos para outros países, como Reino Unido, à medida que avança na busca por aprovações regulatórias. A empresa também promete continuar desenvolvendo métodos mais seguros e eficazes para implantar a tecnologia, com foco em ampliar o acesso a pacientes em todo o mundo.