Coronel da reserva da PM atira em bola de adolescentes e é preso em Belo Horizonte

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Coronel da reserva é preso após atirar em bola de adolescentes em Belo Horizonte

Um coronel da reserva da Polícia Militar foi preso na última segunda-feira (3) em Belo Horizonte, suspeito de atirar contra uma bola utilizada por um grupo de adolescentes no bairro Santa Cecília, na região do Barreiro. A ocorrência, que gerou tensão no local, foi registrada após uma confusão entre o militar da reserva e os jovens, envolvidos em um ato aparentemente simples, mas que levou a um confronto preocupante.

Conforme o boletim de ocorrência, a confusão começou quando um grupo de adolescentes arremessou repetidamente uma bola contra o portão da residência de uma mulher, que é irmã do coronel. Irritada com a situação, ela teria ligado para o irmão, pedindo ajuda. Durante o episódio, a irmã do militar pegou a bola e se recusou a devolvê-la aos jovens, o que levou à escalada da violência.

O coronel chegou ao local, retirou uma arma e apontou para as pessoas presentes. Em seguida, ele pegou a bola e disparou dois tiros contra ela, o que causou pânico entre os adolescentes e outras pessoas que estavam no local, levando algumas a fugir. Um dos adolescentes relatou que teve a arma apontada em sua direção e que o coronel teria dito: “Se você não descer, vou atirar”.

O coronel da reserva, em depoimento à Polícia Militar, alegou que sua irmã, que é autista, estava sendo hostilizada pelo grupo, que teria "esmurrado" o portão da casa. Ele justificou o uso da arma e os disparos, afirmando que os adolescentes e outros indivíduos teriam ameaçado invadir o imóvel da irmã.

Após a confusão, a irmã do militar e dois adolescentes foram ouvidos e liberados. O coronel foi preso e levado à delegacia. A Polícia Militar ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso, e o caso segue sendo investigado pelas autoridades competentes.

A situação levanta questionamentos sobre a postura de autoridades fora de serviço e o uso da força em situações que envolvem adolescentes e a resolução de conflitos menores.

Fonte: O Tempo