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Corte de Juros nos EUA deve melhorar cenário para Brasil

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Foto: Divulgação
O relatório de emprego dos EUA para junho revelou a criação de 206 mil vagas de trabalho, superando ligeiramente a expectativa de 190 mil vagas. Apesar desse dado positivo, o panorama geral aponta para um enfraquecimento no mercado de trabalho. Houve revisões para baixo nos dados de maio e abril, com as vagas caindo de 272 mil para 218 mil e de 165 mil para 108 mil, respectivamente. Além disso, o setor privado criou 136 mil vagas, abaixo da expectativa de 160 mil, enquanto o setor público gerou 70 mil vagas.
A taxa de desemprego nos EUA subiu para 4,1%, acima da expectativa de 4%, atingindo o maior nível desde novembro de 2021. Isso reflete um aumento na procura por emprego, com mais pessoas entrando na força de trabalho e não encontrando vagas disponíveis. A relação entre vagas abertas e desempregados caiu para 1,2 vagas por desempregado, a menor desde 2021, comparado a 2 vagas por desempregado em períodos de mercado mais forte. Os pedidos contínuos de seguro-desemprego se aproximam de 2 milhões, reforçando a percepção de um mercado de trabalho mais fraco. Outros indicadores de atividade econômica também apontam para uma desaceleração.
Diante desse cenário, a probabilidade de um corte de juros pelo FED em setembro aumentou para mais de 70%, conforme previsões do mercado. O banco central dos EUA busca um mercado de trabalho mais fraco para reduzir a pressão sobre salários, preços e inflação. Para o Brasil, essa situação pode trazer alívio após a recente valorização do real, que caiu de R$5,70 para abaixo de R$5,5. Juros menores nos EUA podem resultar em maiores fluxos de capital para países emergentes.
A bolsa brasileira subiu nos últimos dias, ultrapassando os 126 mil pontos, e os juros de longo prazo caíram para cerca de 12%. A mudança de postura do presidente Lula, com o anúncio de cortes de R$25 bilhões no orçamento de 2025, ajudou a aumentar a confiança no cumprimento do arcabouço fiscal.
O mercado enfrenta duas grandes incertezas que influenciam a taxa de câmbio, além das preocupações com os juros nos EUA: a dinâmica das contas públicas nos próximos anos e a transição na presidência do Banco Central. O cumprimento do arcabouço fiscal, que exige que as despesas cresçam a uma taxa máxima de 70% das receitas, ainda é um desafio. Fonte:CNN

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