Criação de secretarias em BH com custo de R$ 50 milhões é ‘boleto de campanha’, diz vereadora

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A vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo) criticou duramente o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), e afirmou que a proposta de Reforma Administrativa apresentada por ele após a vitória nas eleições de outubro é, na sua opinião, apenas "um boleto de campanha".

O projeto, que foi aprovado pelos vereadores após um mês de discussão, criou quatro novas secretarias na prefeitura, com um custo anual estimado em R$ 49 milhões.

Para a vereadora, uma verdadeira Reforma Administrativa deveria focar em eficiência, mas ela não vê isso nas novas secretarias criadas.

"Quando falamos em Reforma Administrativa, esperamos eficiência, e não vejo isso com a criação dessas secretarias. A questão da segurança alimentar, por exemplo, que será tratada por um dos novos órgãos, já é de competência de uma secretaria existente. Além disso, a nova secretaria de mobilidade terá funções muito semelhantes às da BHTrans, que foi extinta por uma lei que vigoraria por 15 anos", pontua.

Ela também destaca que o projeto não aborda o problema do excesso de cargos comissionados, o que, para ela, torna a reforma ineficaz. "Em um cenário pós-eleitoral, isso mais parece um boleto de campanha", afirma.

Fernanda Pereira Altoé foi a entrevistada no programa Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, nesta terça-feira (17 de dezembro). Ela acredita que a Reforma Administrativa pode ter aspectos positivos, como a criação de uma administração regional para o Hipercentro de Belo Horizonte, mas considera que o assunto deveria ser discutido apenas na próxima legislatura.

"Se a intenção é melhorar a gestão da prefeitura nos próximos quatro anos, por que a reforma foi feita de maneira tão apressada, com uma Câmara Municipal onde 40% dos vereadores que votaram não foram reeleitos? Não seria melhor analisar essa reforma com os novos vereadores que foram eleitos para os próximos quatro anos?", questiona a parlamentar.

Fonte: O Tempo