top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Déficit das contas externas atinge US$ 8,7 bilhões em janeiro

Reprodução
Reprodução
As contas externas do Brasil registraram saldo negativo de US$ 8,655 bilhões em janeiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (23). O resultado representa um aumento significativo em relação ao déficit de US$ 4,407 bilhões no mesmo período de 2024.

O agravamento do saldo negativo foi impulsionado por uma queda de US$ 4,3 bilhões no superávit comercial, reflexo do aumento das importações. Além disso, o déficit na conta de serviços cresceu em US$ 1 bilhão. Por outro lado, o déficit em renda primária, que inclui pagamentos de juros, lucros e dividendos de empresas, apresentou recuo de US$ 1,1 bilhão.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o déficit em transações correntes somou US$ 65,442 bilhões, equivalente a 3,02% do Produto Interno Bruto (PIB), ante US$ 61,194 bilhões (2,79% do PIB) no mês anterior. Na comparação com janeiro de 2024, o aumento do déficit foi ainda mais expressivo, subindo US$ 24,490 bilhões (1,11% do PIB).

Comércio e serviços
Em janeiro, as exportações brasileiras totalizaram US$ 25,371 bilhões, uma queda de 5,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações atingiram US$ 24,148 bilhões, o maior valor para o mês na série histórica iniciada em 1995, com alta de 12,8% na comparação anual.
Como resultado, a balança comercial fechou o mês com superávit de US$ 1,223 bilhão, representando uma queda de 78% em relação aos US$ 5,563 bilhões registrados em janeiro de 2024.

O déficit na conta de serviços – que inclui gastos com viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros – somou US$ 4,552 bilhões em janeiro, um aumento de 28,9% em relação aos US$ 3,531 bilhões do mesmo período do ano passado. As despesas com transporte tiveram alta de 53,6%, chegando a US$ 1,442 bilhão, enquanto o déficit em serviços de propriedade intelectual, impulsionado por streaming e softwares, subiu 29,1%, totalizando US$ 768 milhões.

No setor de turismo, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,784 bilhão, enquanto as receitas com estrangeiros no Brasil foram de US$ 805 milhões, resultando em um déficit de US$ 979 milhões – 13,1% superior ao registrado no mesmo mês de 2024.

Renda e investimentos
O déficit em renda primária, que inclui remessas de lucros, dividendos e juros, foi de US$ 5,613 bilhões em janeiro, 16,2% acima dos US$ 4,371 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Já a conta de renda secundária, que envolve transferências como remessas de dólares e doações, teve superávit de US$ 287 milhões.

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 6,501 bilhões em janeiro, uma queda de 28,4% na comparação anual, explicada pela menor reinjeção de lucros de empresas já instaladas no país. O IDP acumulado em 12 meses chegou a US$ 68,491 bilhões, representando 3,16% do PIB.
Para cobrir o déficit das transações correntes, o país precisa atrair investimentos ou obter empréstimos no exterior. O IDP é considerado a melhor fonte de financiamento externo, pois são recursos aplicados no setor produtivo e de longo prazo.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico registraram saída líquida de US$ 715 milhões em janeiro, resultado de uma retirada de US$ 2,370 bilhões em títulos da dívida e entrada de US$ 1,655 bilhão em ações e fundos de investimento.

As reservas internacionais do Brasil fecharam janeiro em US$ 328,303 bilhões, uma redução de US$ 1,426 bilhão em relação ao mês anterior.


Fonte:Agência Brasil

Comments


Gazeta de Varginha

bottom of page