Déficit habitacional e moradias precárias superam 1,5 milhão em Minas
gazetadevarginhasi
30 de abr.
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Divulgação ALMG
Déficit habitacional e moradias precárias somam mais de 1,5 milhão em Minas.
Minas Gerais ultrapassa 1,5 milhão de moradias em déficit ou com inadequações, conforme dados de 2023 divulgados nesta terça (29/4) pela Fundação João Pinheiro (FJP) durante audiência da Comissão de Habitação da ALMG. O encontro discutiu políticas para habitação de interesse social (HIS) no Estado.
Segundo o pesquisador Frederico Poley, da FJP, o déficit habitacional inclui famílias sem casa própria, vivendo em coabitação ou imóveis precários. São 478.755 moradias em falta, sendo 115.636 na RMBH. Já 1,3 milhão de casas têm problemas como falta de banheiro ou saneamento.
As regiões mais pobres concentram moradias inadequadas. Triângulo e Sul de Minas lideram no número de residências faltantes, pela migração populacional. “Os problemas não são homogêneos”, frisou o pesquisador da FJP.
Lideranças dos sem casa criticaram a ausência de políticas públicas efetivas. “Temos um Estado fragilizado que não resolve nada”, disse Carlos Alberto, da Pastoral Metropolitana. Para ele, a retomada do Minha Casa, Minha Vida é positiva, mas insuficiente. A coordenadora Letícia Notini apontou abandono da Cohab e cortes de repasses ao fundo estadual.
Os manifestantes deixaram a audiência antes das falas do governo, o que foi visto como protesto. “Falta vontade política. Teremos trabalho hercúleo”, avaliou o presidente da comissão, Leleco Pimentel (PT).
Gestores estaduais citaram ações como o Auxílio Porta de Entrada, lançado em 2023 para subsidiar a compra do primeiro imóvel por famílias que vivem de aluguel caro. O piloto atende oito cidades com R$ 9 milhões.
A Sedese também atua com apoio técnico a municípios e lança programa de melhorias habitacionais na área da Sudene no 2º semestre, com três mil módulos sanitários em cidades do Norte e Jequitinhonha.
Já o Programa Minas Reurb, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, busca regularizar imóveis urbanos. Mais de 80 mil imóveis estão em processo e 17 mil títulos já foram entregues. A Cohab, por sua vez, tenta se reestruturar e ampliar sua atuação, mas depende da articulação com municípios.
Deputados consideraram as ações tímidas e desarticuladas para enfrentar a demanda habitacional do Estado.
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