Dólar cai, mas economistas preveem alta e impacto na inflação
24 de jan.
Reprodução
Em 2025, o dólar tende a se fortalecer devido às políticas econômicas que Donald Trump implementará em seu segundo mandato. Embora a moeda norte-americana tenha mostrado uma desvalorização frente ao real no início do ano, especialmente após a posse de Trump, economistas preveem uma valorização nos próximos meses, o que deve impactar a inflação no Brasil.“Na quarta-feira, o dólar foi cotado a R$ 5,94, o menor valor desde 27 de novembro de 2024, quando a moeda atingiu R$ 5,91.
No entanto, após esse período, o dólar chegou a R$ 6,30, impulsionado pelas incertezas do mercado em relação à política fiscal do Brasil.“Nos próximos dias, a expectativa é de que Trump assine decretos que podem fortalecer ainda mais o dólar. Entre as medidas mais aguardadas estão o aumento de tarifas sobre produtos importados, especialmente da China, o que pode afetar também as relações comerciais com o Brasil, o segundo maior parceiro comercial dos EUA.
Outra ação esperada é a criação de taxas para incentivar a instalação de novas indústrias nos EUA, o que também pode valorizar a moeda norte-americana.“O economista Paulo Casaca acredita que o dólar passará por uma valorização, mas as projeções para o câmbio ainda são incertas. Ele destacou que a venda de ações da Vale pela Cosan, no início do ano, injetou dólares na economia brasileira, o que pode influenciar o câmbio até março.
Casaca não acredita em uma supervalorização do real.“Embora a elevação das tarifas de importação seja direcionada principalmente à China, Casaca acredita que o fortalecimento do dólar afetará o Brasil, já que o real tende a se depreciar em relação às moedas mais fortes, como o dólar.“A economista Cláudia Moreno, do C6 Bank, também prevê que o dólar poderá voltar a R$ 6,30 até o final do ano, o que afetará a inflação brasileira, principalmente com relação a commodities como petróleo e alimentos, que são cotados em dólar. A inflação poderá ser pressionada ainda mais, especialmente em produtos importados e combustíveis.
Comments