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Dólar dispara e fecha acima de R$ 5,50 com temores fiscais e nova crise entre EUA e China

  • gazetadevarginhasi
  • 15 de out.
  • 2 min de leitura

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O dólar encerrou esta sexta-feira (10) com forte alta no Brasil, cotado a R$ 5,5038, após registrar avanço de 2,39% no dia. Esse é o maior valor desde 5 de agosto. A disparada da moeda americana reflete a crescente preocupação dos investidores com a política fiscal do governo federal e as recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Apesar da alta recente, o dólar acumula queda de 10,93% no ano.
A desvalorização dos ativos brasileiros também se estendeu ao Ibovespa, que teve um dia negativo, e às taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs), que avançaram em meio ao clima de incerteza no mercado financeiro. Um dos principais fatores de instabilidade foi a rejeição da Medida Provisória 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras. A medida era considerada estratégica pelo Ministério da Fazenda para o equilíbrio das contas públicas, com previsão de impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e R$ 36,2 bilhões em 2026.
O cenário fiscal se agravou após reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo indicar que o pacote de medidas planejado pelo governo para 2026 poderia ultrapassar R$ 100 bilhões, incluindo propostas como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a gratuidade de gás de cozinha e energia elétrica para famílias de baixa renda, além de bolsas estudantis. Embora essas ações já tenham sido anunciadas, o mercado teme que não haja garantia de arrecadação para cobrir os custos, especialmente em um ano eleitoral.
No âmbito internacional, as incertezas aumentaram após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses e o cancelamento de uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping. O republicano acusou a China de “manter a economia global refém”, após o país asiático ampliar os controles de exportação de terras raras. Trump também impôs restrições à exportação de “todo e qualquer software crítico”, intensificando o atrito entre as duas maiores economias do mundo e contribuindo para a volatilidade nos mercados globais.

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Gazeta de Varginha

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