Dólar e Ibovespa operam estáveis em meio a preocupações com tarifas de Trump
6 de mar.
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O dólar à vista oscilava próximo à estabilidade frente ao real nesta quinta-feira (6), registrando leve alta após fortes perdas na véspera. Investidores mantêm cautela enquanto acompanham os desdobramentos das políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Por volta das 11h55, o dólar avançava 0,36%, sendo negociado a R$ 5,7600. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuava 0,17%, aos 122.833,88 pontos.
Queda expressiva na véspera
Na quarta-feira (5), o dólar à vista registrou sua maior desvalorização diária desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caindo 2,72%, para R$ 5,7558 – um recuo de R$ 0,16 em relação ao fechamento de sexta-feira (28). O movimento foi impulsionado pelo desmonte de posições defensivas feitas antes do feriado de Carnaval e pela forte queda do dólar no cenário internacional.
Cenário externo: tarifas e política monetária
Os mercados globais seguem atentos aos sinais de desaceleração da economia dos EUA, reforçados pelo relatório de emprego da ADP, e às recentes decisões tarifárias de Trump. O presidente norte-americano impôs na terça-feira (4) tarifas de importação de 25% sobre veículos do Canadá e do México, mas decidiu adiar essa medida por um mês após conversas com CEOs da General Motors, Ford e Stellantis.
O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a seis divisas, registrava queda de 0,18%, a 104,100 pontos.
Além disso, os investidores acompanham a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que cortou a taxa de juros para 2,5% nesta quinta-feira (6), citando a desaceleração da inflação e a fraqueza econômica da zona do euro. A medida era amplamente esperada pelo mercado.
Expectativa por nova rodada de negociações
Nos próximos dias, a atenção se volta para um possível telefonema entre Trump e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para discutir as novas tarifas impostas pelos EUA.
Contexto nacional: política no radar
No Brasil, investidores monitoram possíveis novas mudanças no governo Lula, após as trocas no Ministério da Saúde e na Secretaria de Relações Institucionais anunciadas na semana passada.
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