Dólar recua e Ibovespa cai mais de 1% com mercados atentos a tarifas de Trump
gazetadevarginhasi
31 de mar.
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Reprodução
O Ibovespa e o dólar registravam queda nesta segunda-feira (31), refletindo preocupações com os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No domingo (30), Trump afirmou que as tarifas a serem anunciadas nesta semana abrangerão todos os países, e não apenas um grupo seleto, aumentando as incertezas no mercado.
Às 14h17, o Ibovespa, principal indicador do mercado acionário brasileiro, recuava 1,24%, aos 130.264,14 pontos. No mesmo horário, o dólar à vista caía 0,68%, sendo negociado a R$ 5,721 na venda. Na sexta-feira (28), a moeda norte-americana havia fechado com leve alta de 0,08%, a R$ 5,7627.
Cenário Internacional
Os mercados globais seguem atentos às medidas comerciais dos Estados Unidos, especialmente com a proximidade de 2 de abril, data prometida por Trump para o anúncio de novas tarifas recíprocas sobre parceiros comerciais. Durante sua campanha e ao longo de sua gestão, o presidente norte-americano tem defendido políticas protecionistas para reduzir o déficit comercial do país.
Em sua mais recente declaração, Trump reforçou que as tarifas a serem anunciadas na quarta-feira afetarão todos os países, contrariando a expectativa de que fossem mais seletivas. Essa postura aumentou o receio de uma escalada nas tensões comerciais globais, com possíveis impactos na inflação e no crescimento econômico.
O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda dos EUA frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,09%, a 104,100.
Até o momento, Trump já implementou tarifas de 20% sobre produtos chineses, 25% sobre importações de aço e alumínio e 25% sobre mercadorias do Canadá e do México que não estejam em conformidade com as regras do acordo comercial da América do Norte. Na semana passada, ele prometeu ainda uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis, prevista para entrar em vigor em 3 de abril.
Além da política tarifária, os investidores também aguardam a divulgação do
relatório de emprego dos EUA, prevista para sexta-feira, fator que pode influenciar as decisões de política monetária do Federal Reserve.
Cenário Doméstico
No Brasil, a formação da Ptax é um dos principais fatores que movimentam o mercado de câmbio nesta segunda-feira. A Ptax, calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, serve como referência para a liquidação de contratos futuros e costuma ser alvo de disputa entre agentes financeiros no fim de cada mês.
Além disso, o Banco Central divulgou sua pesquisa Focus, que manteve as projeções para a inflação deste ano e do próximo. A estimativa para o IPCA permaneceu em alta de 5,65% para 2024 e em 4,50% para 2026, sem alterações em relação ao levantamento anterior. O dado reforça as expectativas do mercado em relação ao cenário macroeconômico brasileiro nos próximos anos.
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