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Dólar sobe e se aproxima de R$ 6 após tensão comercial; bolsas globais avançam

  • gazetadevarginhasi
  • 8 de abr.
  • 3 min de leitura
Reprodução
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O dólar disparou na tarde desta terça-feira (8) e se aproximou da marca simbólica de R$ 6, impulsionado pela aversão global ao risco e pela retirada de capital de ativos considerados arriscados. O movimento acontece em meio ao acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, cenário que afeta especialmente o Brasil, dada sua forte conexão econômica com o país asiático.

Às 13h04, a moeda norte-americana avançava 1,30%, cotada a R$ 5,9910. Já o Ibovespa operava em queda de 0,17%, aos 125.383 pontos. Entre os papéis mais afetados, a Vale liderava as perdas e caía mais de 3%.
O movimento coincide com o fim do prazo dado por Donald Trump para que a China recuasse das tarifas retaliatórias de 34% impostas aos EUA na semana passada. Enquanto isso, mercados internacionais esboçavam recuperação, com bolsas americanas em alta, apoiadas por expectativas de avanço nas negociações comerciais.

Mercados globais reagem
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, após fortes quedas no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 6,03%, atingindo 33.012,58 pontos — seu melhor desempenho desde agosto de 2024. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,51%, aos 20.127,69 pontos, recuperando parte da queda de quase 13% registrada na véspera.

Na Europa, os mercados também operavam com ganhos na manhã desta terça. Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 3,54%, aos 490,78 pontos, após ter acumulado perdas expressivas nas últimas sessões. Na segunda-feira (7), o indicador caiu cerca de 4,5%, atingindo o menor nível desde janeiro de 2024.

Tensão e cautela
O clima tenso nos mercados tem origem na escalada protecionista dos Estados Unidos. Na semana passada, o presidente Donald Trump anunciou a aplicação de tarifa de 10% sobre produtos importados do Brasil, já em vigor desde sábado, e prometeu aumentos adicionais a outros parceiros comerciais a partir de quarta-feira.

Embora o ambiente ainda seja de cautela, parte dos investidores enxergou uma oportunidade de recuperação, diante de sinais de disposição para diálogo por parte de algumas nações. O Japão foi um dos destaques do dia: Trump afirmou que enviará uma equipe para negociar, enquanto o país asiático confirmou que o ministro da Economia, Ryosei Akazawa, liderará as tratativas.

Na Europa, apesar da ameaça de retaliações, líderes da União Europeia indicaram preferência pelo diálogo. “Embora a UE permaneça aberta a negociações — e prefira fortemente — não vamos esperar indefinidamente”, alertou o comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic.

Moeda americana perde força globalmente
Apesar do salto frente ao real, o dólar registrava queda frente a uma cesta de moedas fortes. O índice do dólar — que compara o desempenho da moeda norte-americana com outras seis divisas — recuava 0,53%, a 102,880 pontos. A divisa dos EUA também perdia valor frente a moedas de mercados emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

No entanto, o sentimento positivo no exterior era limitado pelas ameaças de Trump, que prometeu novas tarifas à China caso o país não recue das medidas de retaliação.

Brasil em foco
No cenário doméstico, dados divulgados pelo Banco Central mostraram um aumento na dívida bruta do país em fevereiro. Apesar disso, o déficit primário do setor público consolidado veio abaixo do esperado, trazendo certo alívio fiscal.
Mais tarde, o mercado deve acompanhar atentamente a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participará do encerramento do Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI, às 17h.

Fonte:Cnn

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Gazeta de Varginha

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