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Daniel Silveira descumpre regras da liberdade condicional e é preso pela PF no Rio de Janeiro

Reprodução
O ex-deputado Daniel Silveira foi preso nesta terça-feira (24) no Rio de Janeiro pela Polícia Federal, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com informações da GloboNews, a prisão ocorreu porque Silveira não cumpriu o horário de recolhimento estabelecido para sua liberdade condicional, que havia sido concedida por Moraes na última sexta-feira (20).

A defesa de Silveira argumenta que o descumprimento foi devido a uma visita ao hospital e classifica a medida como uma "arbitrariedade do STF".

Silveira foi detido em Petrópolis (RJ) e será levado para o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

O ex-deputado foi condenado pelo STF em 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão por incitar atos antidemocráticos e fazer ataques a ministros do tribunal e a outras instituições, incluindo o próprio STF.

Na decisão, Moraes destacou que Silveira violou as condições da liberdade condicional, pois, no dia 22 de dezembro, ele retornou para casa após o horário limite de recolhimento, às 02h10, mais de quatro horas depois do permitido.

A defesa do ex-deputado informou que ele esteve no hospital das 22h59 até as 0h34, sem autorização judicial ou urgência, e que o retorno tardio ao domicílio se deu após esse horário.

A defesa de Silveira alegou à TV Globo que ele foi ao hospital no dia 21 devido a fortes dores nos rins e que foi medicado antes de retornar para casa. A defesa considera a prisão uma nova "arbitrariedade" do STF.

O ex-deputado tem um histórico de descumprimento de ordens judiciais, o que foi enfatizado por Moraes na decisão de prisão desta terça-feira.

O ministro mencionou que Silveira desrespeitou o Poder Judiciário em diversas ocasiões, com pelo menos 227 infrações durante o processo penal.

Liberdade condicional

Na sexta-feira (20), Moraes havia concedido a liberdade condicional a Silveira, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmar que ele havia cumprido um terço de sua pena.

No entanto, o ministro ressaltou que, devido ao histórico de descumprimentos, deveria haver cautela ao avaliar a progressão para a liberdade condicional.

Entre as condições impostas para a liberdade condicional, estavam o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair da região e a obrigação de permanecer em casa à noite, além de outras restrições, como:
  • Não poder frequentar redes sociais ou conceder entrevistas sem autorização judicial;
  • Não se comunicar com outros investigados no inquérito sobre o golpe de Estado;
  • Proibição de participar de eventos públicos ou cerimônias em unidades militares ou de segurança.

Ataques às instituições

Daniel Silveira foi processado por seus ataques contra instituições democráticas, especialmente após a publicação de um vídeo em 2021, no qual defendia o AI-5 e a destituição de ministros do STF, ações consideradas inconstitucionais.

Ao longo do processo, Silveira teve sua prisão decretada diversas vezes e enfrentou medidas restritivas, como a obrigação de usar tornozeleira eletrônica.

Mesmo com as ordens, ele tentou evitar o cumprimento das medidas, chegando a ficar dois dias sem sair da Câmara dos Deputados.

Só após a imposição de uma multa de R$ 15 mil por dia e o bloqueio de suas contas, ele se dirigiu à Polícia Federal para instalar o equipamento de monitoramento.
Silveira tentou se reeleger como deputado federal nas eleições de 2022, mas não obteve votos suficientes.

Fonte: G1

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