De acordo com o Ministério da Saúde, Brasil pode chegar a 4,2 milhões de casos de dengue em 2024

Os primeiros 521 municípios a receberem a vacina contra a doença devem ser cobertos até o final de março. Crianças de 10 a 11 anos serão primeiro grupo a receber o imunizante.

Ações e esforços têm sido feitos para evitar a ploriferação do mosquito da dengue

Os casos de dengue no Brasil estão enfrentando uma escalada preocupante, com previsões apontando para um possível recorde em 2024, alcançando a marca alarmante de 4,2 milhões de casos, conforme anunciado nesta sexta-feira (9) pela secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Comparativamente, no ano anterior, o país registrou 1,6 milhão de casos.

Em contexto, até o momento, já foram reportados mais de 395 mil casos (prováveis e confirmados) de dengue no país, resultando em 53 mortes confirmadas. No mesmo período do ano de 2023, os registros situavam-se um pouco acima de 93 mil casos.

A projeção do Ministério da Saúde é alarmante, apontando para um aumento expressivo de casos. Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, expressou sua preocupação devido à possibilidade desse aumento exacerbar a pressão sobre os serviços de saúde, especialmente diante da magnitude prevista.

A campanha de vacinação, conduzida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi iniciada nesta sexta-feira no Distrito Federal, região que apresenta a maior incidência de casos no país. A secretária afirmou que até o final de março todas as 521 cidades selecionadas para esta primeira etapa serão atendidas.

Ethel Maciel destacou a antecipação dos casos neste ano em relação às epidemias de dengue anteriores, ressaltando que o crescimento dos casos, geralmente observado no final de março e início de abril, já se iniciou em janeiro deste ano.

A definição dos critérios de prioridade para a distribuição das doses de vacina levou em consideração não apenas a população acima de 100 mil habitantes, mas também a circulação predominante do sorotipo 2 do vírus, que pode ocasionar uma forma mais grave da doença.