top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Dedé revela curiosidade sobre acerto com o Cruzeiro e lamenta lesões: 'Dei tudo que podia'

Reprodução
Considerado um dos maiores zagueiros da história recente do Cruzeiro, Dedé se aposentou precocemente do futebol devido a uma série de lesões que marcaram negativamente sua trajetória no clube. Em uma carta, o ex-jogador exaltou a equipe e expressou arrependimento por não ter podido contribuir mais com o time. Contratado em 2013, Dedé foi um dos principais destaques da equipe que conquistou o título do Campeonato Brasileiro, que se repetiria em 2014. Porém, foi nesse ano que se iniciou seu calvário, conforme seu relato no site The Players Tribune.

"Uma jornada que me levaria a muita dor, tristeza e incerteza, mas também a um lugar que eu prezava: a confiança no meu espírito de trabalho árduo para superar desafios. No final do ano, durante um jogo contra o Coritiba, eu acelerei em um contra-ataque deles e senti algo estourar no meu joelho direito. Diagnóstico: ruptura do ligamento cruzado", recordou.

Após essa lesão, Dedé passou todo o ano de 2015 sem jogar, e em 2016 sofreu uma fratura na patela, ficando mais uma temporada sem atuar. Em 2017, enfrentou uma nova cirurgia, dessa vez no joelho esquerdo. Sua recuperação se deu em 2018, e ele relembrou um jogo marcante contra o Racing, pela Copa Libertadores. "Minha recuperação foi contra o Racing, na Libertadores. Na primeira partida, em Avellaneda, o Lautaro Martínez foi imbatível e eles nos venceram por 4 a 2. Eles chegaram confiantes para a volta, em Belo Horizonte. Eu, que não joguei o primeiro jogo, fui titular no segundo e o Lautaro não teve chance. Ganhamos por 2 a 1 e terminamos em primeiro no grupo", escreveu.

A aposentadoria de Dedé aconteceu em 2020, após o rebaixamento do clube. "No fim das contas, agora eu entendo, tudo o que sempre quis foi merecer a vida que o futebol me proporcionou. Eu ainda sofri com dores antigas e novas cirurgias em 2019, quando ultrapassei os limites do meu corpo para tentar evitar o rebaixamento do Cruzeiro. Em 2020, não tive escolha: parei. Não guardo mágoa, sofrimento ou arrependimentos", disse Dedé.

"Eu dei tudo o que pude. Tudo mesmo, e posso olhar para trás com a certeza de que, da minha trajetória no futebol, carrego com orgulho uma consciência tranquila, boas lembranças e alguns parafusos nos joelhos. São as consequências do ofício", concluiu.

Em sua contratação, o ídolo da zaga do Cruzeiro foi adquirido do Vasco da Gama, onde se destacou. Dedé explicou que a decisão de sair do Rio de Janeiro, sua cidade natal, e se mudar para Minas Gerais foi influenciada por uma conversa com um funcionário do clube carioca.

"O Vasco, com toda aquela questão de salários atrasados e dificuldades conhecidas, passou por um momento crítico. Um dia, um funcionário do clube veio até mim. Ele me agradeceu por aceitar a proposta do Cruzeiro, já que com isso o Vasco conseguiria pagar os cinco meses de salários atrasados dele e ele evitaria ser despejado da casa onde morava com a família. Até aquele momento, eu não estava certo se queria ir para o Cruzeiro, nem tinha falado com ninguém sobre isso. Mas, se a venda da minha transferência ajudaria a aliviar as dificuldades de quem trabalhava no clube, como os funcionários que ganhavam um ou dois salários mínimos, a melhor coisa a fazer era arrumar as minhas malas. E foi o que fiz", contou o ex-jogador.

No total, Dedé disputou 180 jogos oficiais pelo Cruzeiro, marcou 15 gols e deu 5 assistências.

Fonte: O TEMPO

Commentaires


bottom of page