Denúncia da PGR contra Bolsonaro acirra embates no Congresso e gera reações opostas
20 de fev.
Reprodução
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado dominou o cenário político nesta quarta-feira (19). O assunto gerou intensos debates no Congresso Nacional, com discursos acalorados de governistas e oposicionistas.
No plenário da Câmara, deputados aliados a Bolsonaro classificaram a denúncia como uma "peça de ficção". Liderados pelo deputado Coronel Zucco (PL-RS), integrantes da oposição leram um manifesto no Salão Verde, segurando cartazes com frases como "Anistia já!" e "Perseguição política". No documento, reforçaram que as acusações seriam infundadas e desprovidas de provas concretas.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também se posicionou a favor do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. "Quem vandalizou prédios públicos deve ser responsabilizado, mas não com penas de 15 ou 17 anos", afirmou.
Por outro lado, deputados governistas, como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), realizaram um pronunciamento no mesmo local, exibindo cartazes com a frase "Sem anistia". Farias destacou a gravidade dos fatos descritos na denúncia da PGR, enquanto Hoffmann reforçou que Bolsonaro teria anuído com um plano que previa o assassinato do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
No Palácio do Planalto, o presidente Lula manteve um tom cauteloso. "Todos têm direito à presunção de inocência. Se provarem que não tentaram dar um golpe ou matar o presidente, o vice e o presidente do TSE, serão livres. Caso contrário, pagarão pelos erros cometidos", afirmou.
A denúncia agora segue para avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto o clima de polarização se intensifica no Congresso e nas ruas.
ความคิดเห็น