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Desembargador afastado tinha quase R$ 3 milhões em casa, aponta PF

  • gazetadevarginhasi
  • 9 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura
Divulgação Tribunal de justiça
Divulgação Tribunal de justiça
Investigação aponta esquema de venda de sentenças no TJ-MS; desembargadores afastados

Um esquema de corrupção envolvendo a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foi revelado pela Operação Última Ratio, da Polícia Federal. Além de indícios de pagamentos ilícitos, as investigações apontam que o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues tentou influenciar decisões de outros magistrados para favorecer “clientes” do esquema.

Segundo informações publicadas pelo blog de Fausto Macedo, no Estadão, um dos casos investigados envolveu o perdão de notificações por porte ilegal de armas a pedido de um beneficiário identificado como Firmino Filho. Em mensagens obtidas pela PF, Brito afirmou que o Exército pressionava pela solução do caso, pois as armas seriam registradas na instituição.

Desembargadores afastados e monitorados
Cinco desembargadores foram afastados do cargo e monitorados por tornozeleiras eletrônicas: Marcos Brito, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS. A medida foi determinada pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Outro nome envolvido é o do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, em cuja residência a PF encontrou quase R$ 3 milhões em espécie.
Influência e propinas

Mensagens interceptadas mostram Brito solicitando informações e interferindo em processos de outros desembargadores, como Ruy Celso. Apesar de não haver suspeitas sobre Celso, a PF destacou que Brito buscou influenciar decisões em troca de propinas. A investigação também identificou casos de tráfico de influência em benefício de outros envolvidos, como o procurador de Justiça Marcos Antônio Martins Sottoriva, que teria recebido vantagens em processos relacionados a uma fazenda avaliada em R$ 5 milhões.

Além disso, lobistas como Anderson Gonçalves e Félix Jayme foram apontados como intermediários, atuando para acessar gabinetes de magistrados estaduais e de instâncias superiores, como o STJ.

Ampliação das investigações
A Operação Última Ratio também identificou esquemas similares em outros tribunais estaduais e suspeitas sobre quatro servidores do Superior Tribunal de Justiça. O inquérito segue em andamento, com a análise de documentos e depoimentos que podem ampliar o alcance da apuração.
Fonte: Revista Oeste

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Gazeta de Varginha

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