Nenhum outro fator está prejudicando tanto o governo do presidente Lula quanto ele próprio. Não é a oposição, a “extrema direita”, a mídia, “os ricos”, nem o presidente do Banco Central. Lula é seu próprio inimigo número um, e cada comício inflamado que ele realiza para seus apoiadores mais fervorosos apenas agrava os prejuízos ao seu governo. Após um ano e meio na Presidência, Lula ainda não governa efetivamente. A situação se agrava quando, em vez de focar em ações produtivas ou simplesmente se calar, ele faz discursos sobre o Brasil e o mundo. O dólar sobe, a bolsa cai, investimentos são congelados e a desconfiança aumenta. Até agora, ele não acertou uma.
O Palavreado de Lula
Em seu último discurso, em um desses conselhos supremos que raramente produzem resultados positivos, Lula parecia um Joe Biden no debate com Donald Trump: desconexo, incoerente, sem noção, causando angústia até mesmo entre seus devotos. Estes precisam elogiar o chefe, mas estão cada vez mais conscientes de que ele não está brilhando — ao contrário, seu governo parece morto e sem sinais de ressurgimento. Como poderia ser diferente? Lula não tem uma política econômica clara e nunca teve. Sua única abordagem em relação à economia desde que assumiu o cargo é atacar o Banco Central. É óbvio que isso não pode dar certo. Lula parece acreditar que a economia brasileira se resume ao Banco Central e à taxa de juros, desconsiderando que há muito mais a ser feito enquanto o atual presidente do banco estiver no cargo. Essa visão é falsa, inútil e contrária ao interesse público.
Falsa e Inútil
É falsa porque o Banco Central, ao contrário do que Lula alega, é a única instituição que funciona corretamente na administração federal — é ele que está controlando a inflação e mantendo o valor do real. Além disso, há uma infinidade de tarefas a serem realizadas na economia que não têm relação com o Banco Central. No entanto, o governo não trabalha nessas áreas e, quando decide agir, faz da maneira errada. É inútil porque Lula não ganhou popularidade ao atacar o presidente do Banco Central, como imaginava. E é contra o interesse público porque cada insulto de Lula faz o dólar subir, os investidores recuarem e as perspectivas de inflação aumentarem — o que torna impossível a redução dos juros. Atualmente, Lula é o principal responsável pelos ataques ao real, pelos juros altos e pela falta de confiança no governo. Ele chama de “cretinos” aqueles que apontam essa realidade, o que só agrava a situação.
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