
Documentos recentemente divulgados fornecem novas informações sobre uma operação que investiga a suspeita de contratação ilegal e fraude em contratos públicos na Prefeitura de Pouso Alegre (MG), ocorrida em outubro deste ano.
O documento, que faz parte de um procedimento investigatório criminal e está disponível ao público, apresenta detalhes sobre a investigação, destacando transferências de valores entre as empresas envolvidas e pessoas associadas a elas.
O Ministério Público (MP) apura que a empresa responsável pelos projetos de engenharia civil na prefeitura teria inserido itens com preços superiores ao razoável (sobrepreço) e quantidades excessivas (superfaturamento) nos editais de licitação. A investigação abrange três contratos: manutenção predial nas Secretarias de Saúde e Educação, reforma do Casarão dos Junqueiras e construção de um muro na escola Irmão Dino Girardelli.
Em relação ao contrato da reforma do Casarão, o MP recomendou à prefeitura a suspensão da execução.
O novo documento do Ministério Público traz informações adicionais, como a quebra de sigilos bancários de pessoas vinculadas às empresas Engetech e DAC Engenharia, revelando transações que podem ter sido usadas para ocultar dinheiro proveniente de crimes contra a administração pública e a economia formal. A investigação sobre lavagem de dinheiro segue em andamento. O total das transferências identificadas supera R$ 1,2 milhão e inclui:
Transferências para uma empresa relacionada a duas das investigadas, totalizando quase R$ 98 mil.
Pagamento de R$ 3,5 mil para o marido de uma dessas investigadas, realizado no mesmo dia da assinatura do contrato de reforma do Casarão, em 1º de março de 2024.
Transferências feitas para sócios ocultos da Engetech, possíveis prestadores de serviços e um assessor parlamentar.
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