Eritrosina, corante proibido nos EUA, ainda é usado em alimentos e remédios no Brasil
16 de jan.
A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) anunciou, nesta quarta-feira (15), a proibição do uso da eritrosina, também conhecida como vermelho nº 3, em alimentos e remédios. A decisão foi baseada em estudos que associaram o corante ao desenvolvimento de câncer em camundongos.
A eritrosina, um corante sintético derivado do petróleo, é amplamente utilizada em bebidas, balas, bolos, cerejas em conserva e medicamentos, incluindo o tratamento para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No Brasil, o aditivo ainda é encontrado em produtos comercializados, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se manifestou sobre a possibilidade de proibição.
Países como Austrália, Japão e membros da União Europeia já restringiram ou proibiram o uso do corante. A FDA esclareceu que os níveis de exposição em humanos são significativamente menores do que os que causaram efeitos adversos em animais, mas manteve a proibição devido aos riscos.
Para identificar a eritrosina em rótulos brasileiros, os consumidores devem procurar a sigla E-127. Outros corantes artificiais também preocupam especialistas, como a tartrazina (E-102) e o vermelho 40 (E-129), ambos associados a reações alérgicas e problemas de saúde.
Especialistas alertam para a necessidade de maior fiscalização e regulamentação no Brasil para garantir a segurança alimentar e a saúde da população.
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