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Escolas estaduais de Minas transformam ambiente escolar após proibição de celulares

Reprodução
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Menos telas, mais interação. A proibição do uso de celulares nas escolas mineiras vem transformando o ambiente escolar, incentivando a socialização entre os estudantes e melhorando o aprendizado.
Com a sanção da Lei Federal nº 15.100/2025, que restringe o uso de dispositivos eletrônicos na educação básica, as instituições públicas e privadas do estado passaram a adotar novas estratégias para estimular o engajamento dos estudantes em sala de aula e nos momentos de convivência.
Com a nova lei, o debate sobre os impactos dessa restrição ganhou força. Desde o início do ano letivo de 2025, em fevereiro, as escolas da rede da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) têm se adaptado a essa nova realidade.
A subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE/MG, Kellen Senra, destaca o cuidado na implementação da lei na rede estadual. "Orientamos toda a rede para que a regulamentação chegue às salas de aula de forma a gerar impactos positivos. O uso pedagógico ainda é permitido, e nossa rede conta com várias ferramentas que apoiam a integração dessas tecnologias. Estamos em um período de adaptação, mas confio que colheremos bons frutos dessa mudança", afirma.

Regulamentação
na prática
De acordo com o Relatório Global de Monitoramento da Educação, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2023, com dados de 14 países, "a mera presença de um celular pode distrair os estudantes e impactar negativamente o aprendizado".
Na Escola Estadual Pedro II, em Belo Horizonte, essa nova realidade já é evidente e bem recebida pela comunidade escolar. Para substituir o uso de celulares durante os intervalos, a escola oferece uma sala de música, uma biblioteca com livros e jogos, além de atividades tradicionais, como jogos com bolas e petecas.
A professora Leila Miranda, que leciona filosofia há dez anos, observa que a restrição do uso dos celulares impacta diretamente o convívio social dos jovens. "O ser humano é um ser social e, ao eliminar o uso das telas, os estudantes buscam mais o contato uns com os outros. A socialização ‘olho no olho’ se torna mais frequente na sala de aula", explica.

Arte na escola
Na Escola Estadual Professora Marieta Amorim Vieira, em Buritizeiro, no Norte de Minas, a arte é uma aliada no desenvolvimento de competências que os jovens podem aplicar em diversas áreas da vida.
A Mostra Arte funciona como um elo para promover competências e discussões sobre tecnologia na aprendizagem. Essa abordagem inovadora fortalece a interdisciplinaridade e minimiza conflitos, reforçando o impacto positivo de práticas pedagógicas estruturadas.
Para a diretora Jane Alcântara, o projeto aborda áreas que antes eram negligenciadas pelo uso excessivo do celular. "A Mostra Arte é o momento em que os estudantes podem extravasar suas energias, uma oportunidade de estimular a criatividade e as habilidades motoras. Além disso, envolve a comunidade escolar, permitindo que conheçam os trabalhos desenvolvidos pelos alunos ao longo do ano letivo", observa.

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Gazeta de Varginha

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