Especialistas descartam impacto da crise na Síria no mercado de petróleo
De acordo com especialistas consultados pela CNN, a recente crise na Síria, marcada pela tomada de poder por rebeldes, não deverá causar impactos significativos no mercado global de petróleo. Apesar de estar localizada em uma região estratégica do Oriente Médio, a Síria tem hoje uma participação considerada marginal no setor.
A produção de petróleo do país caiu drasticamente desde o início da guerra civil, em 2011, sendo atualmente inferior a 10% dos volumes anteriores ao conflito. Essa redução, somada ao contexto político e econômico do país, já está “precificada” no mercado global, segundo analistas.
Claudio Mastella, ex-diretor da Petrobras, afirmou que os impactos no setor devem ser indiretos, influenciando mais a dinâmica geopolítica entre Rússia, Ocidente e Oriente Médio do que os preços do petróleo diretamente. O barril do tipo Brent, que na última sexta-feira (6) era cotado a US$ 71, não sofreu grandes alterações, diferentemente de momentos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou a elevar o preço acima de US$ 121 em 2022.
Outros especialistas destacam que a instabilidade atual da Síria não deve alterar a demanda global nem os preços no curto prazo. O impacto seria significativo apenas se o conflito se expandisse para outros países da região.
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