Estresse e insatisfação no trabalho aumentam em 97% risco cardíaco, diz estudo
Um estudo publicado no Journal of the American Heart Association revelou que o estresse relacionado ao trabalho e a insatisfação profissional podem aumentar em até 97% o risco de fibrilação atrial, uma forma de arritmia cardíaca. A fibrilação atrial, que afeta de 2% a 4% da população mundial, é caracterizada por batimentos cardíacos irregulares e rápidos, e pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
A pesquisa, liderada por Xavier Trudel, epidemiologista da Universidade Laval, no Canadá, analisou o impacto de ambientes profissionais de alta tensão e o desequilíbrio entre esforço e recompensa no trabalho, com base em dados de quase 6 mil adultos ao longo de 18 anos. Os resultados mostraram que funcionários submetidos a altos níveis de estresse no trabalho tiveram um risco 83% maior de desenvolver fibrilação atrial, enquanto aqueles que perceberam um desequilíbrio entre o esforço investido e a recompensa recebida enfrentaram um risco 44% maior. Indivíduos afetados por ambos os fatores apresentaram um risco 97% maior de desenvolver a condição.
Trudel destaca que reconhecer e abordar os estressores no ambiente de trabalho é essencial para promover saúde e bem-estar, tanto para os indivíduos quanto para as organizações. O estudo sugere que intervenções no local de trabalho, como a implementação de horários flexíveis e a desaceleração de grandes projetos, podem ser eficazes na redução desses riscos.
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