Estudo britânico alerta sobre expansão global das facções criminosas brasileiras
12 de dez. de 2024
Foto: Reprodução
Um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), sediado em Londres, destacou a crescente presença global de facções criminosas brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho. A pesquisa, parte do relatório anual “Pesquisa de Conflitos Armados – 2024”, enfatiza que o Brasil se tornou uma rota estratégica para o tráfico internacional de drogas, com conexões estabelecidas na Europa, América Latina, África e Ásia.
De acordo com o IISS, as facções brasileiras formaram alianças comerciais com guerrilhas colombianas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das FARC, para aquisição de cocaína e maconha, transportadas pela floresta amazônica. Essas organizações também mantêm laços com máfias europeias, utilizando portos brasileiros para expandir o alcance intercontinental.
O estudo aponta que a expansão das facções prejudica não apenas a segurança pública, mas também os esforços climáticos na Amazônia, onde o aumento de atividades ilegais afeta diretamente a preservação ambiental.
O instituto criticou a falta de avanços significativos na política de segurança pública brasileira, sugerindo que a redução de homicídios em 2023 (39.500 casos) se deve mais a uma “pax mafiosa” entre facções do que a medidas governamentais eficazes. A militarização de portos e aeroportos, segundo o relatório, não trouxe resultados expressivos no combate ao crime organizado.
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