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Estudo da UFLA revela impacto da urbanização na diversidade de abelhas em cidades mineiras

Reprodução
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Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) investigaram como a urbanização e a disponibilidade de recursos florais influenciam as comunidades de abelhas em cidades neotropicais de médio porte. O estudo foi conduzido em seis municípios mineiros — Alfenas, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Três Corações e Lavras — e revelou como a paisagem urbana pode afetar a biodiversidade desses polinizadores essenciais.
Ao longo de 2020 e 2021, os pesquisadores realizaram coletas mensais em 21 locais diferentes, classificando as abelhas por gênero e espécie. A análise incluiu a observação da paisagem ao redor dos pontos de coleta para compreender como fatores como a vegetação, concreto e disponibilidade de áreas verdes impactam a presença desses insetos.
A autora do estudo, Karla Palmieri Brancher, destaca um dos principais achados da pesquisa: “Capturamos 132 espécies de abelhas. Observamos que a diversidade em áreas com maior cobertura de superfícies impermeáveis, como concreto e asfalto, mas foi maior em locais com paisagens mais heterogêneas, como áreas verdes e lotes vagos, beneficiando especialmente espécies que nidificam acima do solo”.
Os resultados também mostraram que abelhas solitárias e subterrâneas foram mais abundantes em locais com maior presença de gramíneas. Além disso, ambientes com maior proporção de plantas nativas favoreceram espécies especializadas.
Para mapear a influência da paisagem na diversidade de abelhas, os pesquisadores analisaram imagens de satélite e avaliaram a cobertura do solo em um raio de 1.000 metros ao redor dos locais de coleta. O estudo categorizou o solo em quatro tipos: superfícies impermeáveis (como estradas e edifícios), áreas arborizadas (florestas e parques), gramíneas (campos abertos e pastagens) e corpos d'água.
Os pesquisadores ressaltam a importância de manter uma variedade de habitats nas cidades para preservar a biodiversidade desses polinizadores. “O aumento de concreto e asfalto reduz a vegetação natural e impacta diretamente a sobrevivência das abelhas”, explica Brancher. Segundo os autores, os resultados do estudo podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias de conservação que garantam ambientes urbanos mais sustentáveis e avançados à manutenção das abelhas, essenciais para a polinização e a preservação dos ecossistemas.
A pesquisa foi publicada em 2023 na revista científica Austral Ecology , sob o título "Urbanização e abundância de recursos florais afetando as comunidades de abelhas em cidades neotropicais de médio porte" . O estudo foi conduzido por Karla Brancher e Gustavo Heringer, doutores pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA; Letícia Vanessa Graf, doutora em Entomologia pela Universidade Federal do Paraná; e Rafael Dudeque Zenni, professor do Instituto de Ciências Naturais da UFLA.
Fonte: UFLA

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Gazeta de Varginha

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