EUA exigem análise de redes sociais de estudantes que solicitarem visto

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou nesta quarta-feira (25) que passará a monitorar as redes sociais de todos os solicitantes de visto de estudante e de intercâmbio das categorias não-imigrantes F, M e J. A medida faz parte de uma diretriz de “verificação abrangente e minuciosa”, com o objetivo de identificar perfis considerados uma possível ameaça à segurança nacional dos EUA.

Segundo comunicado da própria embaixada, "obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito". Os candidatos devem manter seus perfis nas redes sociais em modo público para facilitar a checagem. A triagem digital será incluída no processo regular de avaliação, o que adiciona um novo critério de análise além dos documentos e entrevistas.

As categorias afetadas incluem:

• F: estudantes de instituições como universidades e escolas de ensino médio;

• M: interessados em instituições vocacionais ou não acadêmicas;

• J: participantes de programas de intercâmbio, como professores, médicos e pesquisadores.

A decisão é justificada como parte da vigilância rigorosa que os EUA afirmam adotar no processo de emissão de vistos. A política é uma continuação do endurecimento nas regras migratórias promovidas pelo presidente Donald Trump, em seu segundo mandato. Desde o início dessa nova gestão, várias ações de deportação e prisão de imigrantes ilegais foram realizadas.

A embaixada reforça que cada solicitação será analisada com foco na proteção dos cidadãos americanos e na preservação dos interesses do país. A recomendação é que candidatos estejam cientes de que tudo o que postam nas redes pode influenciar a decisão sobre a concessão do visto.