Extração ilegal de madeira cresce 19% na Amazônia entre 2022 e 2023, revela levantamento
Um levantamento divulgado pelo Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex) mostrou que a área com extração ilegal de madeira na Amazônia aumentou 19% em um ano, totalizando 126 mil hectares devastados entre agosto de 2022 e julho de 2023. Esse número equivale à retirada de madeira de 350 campos de futebol por dia, sem autorização dos órgãos ambientais. A maior parte da extração ilegal (71%) ocorreu em imóveis rurais privados, com apenas 20 propriedades responsáveis por quase um terço dos ilícitos.
Terras Indígenas (TI) foram a segunda categoria mais atingida, representando 16% da extração ilegal, com destaque para as TI Kaxarari e Tenharim Marmelos, localizadas próximas à BR-319. O aumento da exploração predatória prejudica o setor legal de madeira, reduzindo a oferta licenciada e afetando os mercados que valorizam produtos legais.
Especialistas apontam o manejo florestal responsável como solução para combater a extração ilegal, reduzir as emissões e preservar a floresta, além de gerar renda e desenvolvimento social. A degradação florestal aumenta o risco de incêndios, perda de biodiversidade e conflitos fundiários na região.
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