Fórum de Davos: Brasil reduz presença e foca em discutir medidas para conter inflação de alimentos
gazetadevarginhasi
24 de jan.
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Divulgação
O Fórum Econômico Mundial, que acontece anualmente em Davos, nos Alpes Suíços, chega ao fim nesta sexta-feira, 24 de janeiro, com a presença limitada do Brasil pelo terceiro ano consecutivo. Embora o evento tenha atraído líderes globais, ministros e CEOs, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optaram por não comparecer. A presença de um representante brasileiro de destaque não foi confirmada, deixando a participação do governo em aberto.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que inicialmente seria o representante brasileiro, não confirmou sua presença após uma reunião ministerial com o presidente Lula. Silveira estava previsto para discursar no painel "Brasil: Mais ações pela frente?", que ocorreu na terça-feira (23), ao lado de outros representantes, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Barroso discutiu o uso e regulamentação da inteligência artificial no evento.
A ausência de Lula é uma continuidade de sua postura em relação ao Fórum de Davos, onde não participa desde 2007, embora tenha estado presente em três edições anteriores durante seus mandatos. Além disso, nenhuma autoridade da equipe econômica brasileira marcou presença, mesmo com a presença de outros executivos brasileiros, como o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, e o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
Em Brasília, enquanto isso, Lula se prepara para uma reunião estratégica nesta sexta-feira (24) com seus ministros, focada na redução do preço dos alimentos. O presidente afirmou, em reunião ministerial recente, que essa questão será uma das prioridades da gestão para 2025. A reunião, que acontecerá no Palácio do Planalto, contará com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e representantes do Ministério da Fazenda.
O governo brasileiro estuda medidas para conter a inflação dos alimentos, incluindo discussões sobre a proposta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para flexibilizar a validade dos produtos. Contudo, Paulo Teixeira descartou a ideia de adotar o modelo "best before", que permitiria a venda de produtos por mais tempo. Além disso, o governo planeja ações baseadas em uma safra maior para reduzir os preços.
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