Facção criminosa com 18 mil detentos domina presídios do Rio – Droga e celulares encontrados em quentinhas
Uma facção criminosa que surgiu há mais de uma década nos presídios do Rio de Janeiro, conhecida como Povo de Israel (PVI), já conta com 18 mil detentos, representando 42% dos presos no estado. De acordo com relatórios de inteligência da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o grupo ultrapassou facções tradicionais como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro, e é especializado em golpes como o falso sequestro.
Uma das formas de atuação da facção é o envio de drogas e celulares para dentro dos presídios, escondidos em quentinhas. Em uma operação realizada em agosto do ano passado, um agente penitenciário do presídio Nelson Hungria notou algo suspeito em uma van que transportava as quentinhas. Após a inspeção, foram encontrados cerca de 20 kg de drogas, 71 celulares, 19 chips, 96 carregadores, 96 fones de ouvido e três balanças de precisão escondidos nas refeições.
O motorista da van foi preso e confessou que o material era recolhido de um caminhão que distribuía as cargas para o presídio. A investigação apontou que a empresa fornecedora das quentinhas não opera na mesma região do presídio, sugerindo um esquema logístico sofisticado.
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