Falso advogado vence 26 casos no Quênia antes de ser descoberto
gazetadevarginhasi
30 de out.
2 min de leitura
fonte: estado de minas
Brian Mwenda Njagi, que chegou a ser considerado um advogado brilhante no Quênia após vencer 26 processos no Tribunal Superior, foi desmascarado em 2023 ao se descobrir que ele nunca teve formação jurídica. O caso, que envolve roubo de identidade e falsificação de documentos, ainda está sendo julgado e expôs graves falhas no sistema jurídico do país.
De acordo com a Ordem dos Advogados do Quênia (LSK), Njagi se passou por um advogado legítimo de nome semelhante, Brian Mwenda Ntwiga, acessando e alterando os dados de sua conta no portal da entidade. Ele modificou o e-mail e inseriu sua própria foto, o que lhe permitiu solicitar licenças e atuar como se fosse um profissional habilitado. O esquema veio à tona quando o verdadeiro Ntwiga tentou acessar sua conta e percebeu o bloqueio e as informações adulteradas.
A LSK classificou Njagi como “impostor” e “criminoso”, afirmando que ele nunca foi registrado como advogado e não tinha autorização para exercer a profissão. O falso advogado foi preso após denúncias públicas e responde a seis acusações, incluindo falsificação, roubo de identidade e uso de certificados falsos, inclusive um suposto diploma da Universidade de Strathmore.
O caso dividiu o país: enquanto autoridades o consideram uma ameaça à Justiça, figuras públicas, como o ex-governador de Nairóbi, Mike Sonko, e o líder sindical Francis Atwoli, o chamaram de “mente brilhante” e “herói” por revelar as falhas do sistema jurídico queniano.
Njagi, que faz sua própria defesa, alega inocência e afirma que “o que deve contar não é apenas o texto da lei, mas o seu propósito”. Em resposta ao escândalo, a LSK reforçou as medidas de verificação de credenciais e determinou a revisão de todos os 26 casos em que o falso advogado atuou.
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