Financiamento da Caixa para imóveis exige 30% de entrada: veja o que muda
A partir desta sexta-feira (1º), a Caixa Econômica Federal elevou o valor de entrada exigido para financiamentos de imóveis, afetando mutuários pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), modalidade alimentada pela caderneta de poupança. Pelo novo sistema, quem optar pelo modelo de amortização constante (SAC), onde as parcelas vão caindo ao longo do tempo, precisará dar entrada de 30% do valor do imóvel, contra os 20% anteriores. Já para o sistema Price, que mantém as parcelas fixas, a entrada subiu de 30% para 50%.
As mudanças também impõem novas restrições para a concessão de crédito habitacional. Apenas quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com a Caixa poderá acessar o crédito. Além disso, o valor máximo de avaliação dos imóveis financiados pelo SBPE fica limitado a R$ 1,5 milhão, antes sem teto de valor. Essa alteração aproxima as condições do SBPE às do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros mais baixos.
Segundo a Caixa, os ajustes são necessários para atender à alta demanda e evitar a superação do orçamento de crédito habitacional de 2024. Até setembro deste ano, o banco já liberou R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um crescimento de 28,6% em comparação com 2023, com 627 mil financiamentos realizados, dos quais R$ 63,5 bilhões foram pelo SBPE.
Em nota, a Caixa afirmou que "estuda constantemente medidas para ampliar o atendimento da demanda de financiamentos habitacionais, em parceria com o mercado e governo, para expandir o crédito imobiliário, não apenas pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado".
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