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Funcionários da Fiocruz Paralisam Atividades por 24 Horas em Protesto por Reajuste Salarial

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • 1 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura
Funcionários da Fiocruz Paralisam Atividades por 24 Horas em Protesto por Reajuste Salarial
Divulgação
Nesta quinta-feira, 1º, funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) paralisaram suas atividades por 24 horas em uma ação organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc). A decisão foi tomada em assembleia na última segunda-feira, 29, e tem como objetivo pressionar o governo Lula a implementar um reajuste salarial e realizar mudanças no plano de remuneração e cargos dos servidores.

Reivindicações dos Funcionários
Paulo Garrido, presidente do Asfoc, detalhou que os trabalhadores estão solicitando um aumento salarial escalonado de 20% em 2024, 20% em 2025 e 20% em 2026. Desde 2010, a defasagem salarial é de 59% para cargos de nível superior e 75% para nível intermediário. O impacto anual estimado do reajuste é de R$ 907 milhões, beneficiando aproximadamente 6.527 trabalhadores, entre ativos e aposentados.

O sindicato também está negociando melhorias nas carreiras e na remuneração com a Fiocruz e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Além disso, há uma demanda para o reconhecimento de resultados de aprendizagem, que inclui a valorização de especializações práticas além dos títulos acadêmicos.
“Um cirurgião pode ser altamente qualificado com várias especializações, sem ter cursado doutorado”, explicou Garrido à Agência Brasil. “As especializações e atualizações são mais estratégicas para suas competências e desempenho na prática.”

Histórico das Negociações
Garrido mencionou que um acordo firmado em 2015 para implementar essa política de valorização não foi concretizado. O sindicato representa também trabalhadores terceirizados e bolsistas e participa do Conselho Deliberativo da Fiocruz. Embora o retorno ao diálogo com o governo, iniciado no ano passado, tenha sido positivo, o sindicato expressou insatisfação com o andamento das conversas.

A Fiocruz, que possui cerca de 13,5 mil funcionários e teve um orçamento de quase R$ 9,6 bilhões em 2023, tem contribuído significativamente para a saúde pública. No último ano, a fundação publicou 2.030 artigos científicos, produziu 91,59 milhões de doses de vacinas e prestou atendimento a cerca de 300 mil pacientes.
Reação e Futuras Ações

Os pesquisadores da Fiocruz se sentem desvalorizados, especialmente quando comparados a outras categorias que parecem receber mais reconhecimento. “Somos uma instituição estratégica a serviço da saúde e da ciência do país, e sempre estivemos presentes nos momentos mais difíceis, como na pandemia. Queremos ter a mesma valorização”, afirmou Garrido.

O sindicato enviou ofícios à direção da Fiocruz e ao Ministério da Gestão, comprometendo-se a manter serviços essenciais durante a paralisação. A proposta do ministério, que não incluía reajuste salarial em 2024, foi rejeitada.

Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira, 2, para avaliar os resultados das negociações e decidir sobre a continuidade da greve. O sindicato já está discutindo a possibilidade de uma paralisação progressiva, com greve de um dia por semana, caso suas demandas não sejam atendidas.

Posicionamento da Fiocruz e do Ministério
A Fiocruz informou que sua presidência e uma comissão de diretores têm se reunido com representantes do governo desde fevereiro, com o objetivo de defender a importância da negociação da tabela remuneratória e das mudanças nas carreiras dos servidores. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não se posicionou sobre o assunto até o momento.
Fonte: Revista Oeste

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