Fusão entre Gol e Azul enfrenta desafios regulatórios e impacto no setor aéreo brasileiro

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A possível fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul, anunciada recentemente, enfrenta desafios regulatórios no Brasil devido à concentração de mercado que representaria. Combinadas, as empresas teriam cerca de 60% do mercado doméstico, superando os 40% da concorrente Latam, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Especialistas apontam que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode exigir condições rigorosas para aprovar o negócio, como a cessão de slots (autorizações para operar voos) em aeroportos saturados, incluindo Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).

Nicole Villa, advogada especialista em Direito Aeronáutico, acredita que o Cade buscará minimizar os impactos de uma possível concentração de mercado. “Uma das medidas pode ser desconcentrar capacidades em determinadas rotas ou horários”, afirmou.

Já André Castellini, sócio da Bain & Company, destacou a complexidade do cenário brasileiro e a necessidade de equilíbrio entre evitar um duopólio e preservar a operação das companhias.

A Latam, principal concorrente, poderá se beneficiar da integração complexa entre Gol e Azul, mas analistas apontam que o processo de fusão pode gerar tarifas aéreas mais altas, independentemente de sua aprovação.

Fonte: InfoMoney