"Gleisi Hoffmann fortalecerá articulação política na Secretaria de Relações Institucionais, afirma Lula"
28 de fev.
Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (28), a nomeação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República. A pasta é responsável pela articulação política do governo e pelo relacionamento com o Congresso Nacional.
Em publicação nas redes sociais, Lula destacou a importância da escolha:
"A companheira e deputada federal @gleisi vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O @padilhando assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho."
A nomeação de Gleisi ocorre após a saída de Alexandre Padilha, que foi indicado para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. Segundo o Palácio do Planalto, a posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março.
Experiência no governo
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT desde 2017, é uma aliada próxima de Lula e tem experiência no primeiro escalão do governo. Entre 2011 e 2014, foi ministra da Casa Civil durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Embora seu nome já estivesse cotado para integrar o governo, inicialmente, a expectativa era de que ela assumisse a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo. Sua nomeação para a SRI desbancou o Centrão, que buscava indicar um nome para o cargo.
Escolha estratégica para 2026
A substituição de Padilha ocorre em meio a críticas sobre a condução da articulação política do governo com o Congresso. Setores do Centrão defendiam que um nome ligado ao grupo poderia melhorar a relação do Executivo com o Legislativo. No entanto, Lula optou por alguém de sua confiança para a função, especialmente com foco na construção de alianças para as eleições de 2026.
Na disputa pelo cargo, Gleisi superou nomes como Silvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos, e Isnaldo Bulhões (AL), líder do MDB na Câmara. Outros petistas, como José Guimarães (CE) e Jaques Wagner (BA), também foram cogitados.
Agora, Gleisi terá o desafio de negociar com parlamentares para garantir apoio a pautas prioritárias do governo, mesmo diante da resistência de alguns setores do Congresso.
Comments