Gripe em idosos: hospitalizações crescem e especialistas alertam para riscos
gazetadevarginhasi
26 de mar.
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Reprodução
O número de idosos hospitalizados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo vírus influenza aumentou 189% em 2024, em comparação com o ano anterior, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) promovem, nesta quarta-feira (26), o evento "Além da Gripe – Um debate sensível à gravidade dos riscos e impactos provocados pelo vírus da influenza", para reforçar a importância da prevenção entre pessoas com mais de 60 anos.
O alerta das entidades se baseia na sazonalidade da gripe, que se intensifica com a chegada do outono e as mudanças climáticas, criando condições propícias para a circulação do vírus. A baixa cobertura vacinal entre idosos tem sido apontada como um fator preocupante, aumentando o risco de complicações graves, hospitalizações e óbitos.
Riscos cardíacos e hospitalizações em alta
Além dos sintomas respiratórios, a infecção pelo vírus influenza pode elevar significativamente os riscos cardiovasculares. Segundo especialistas, a partir dos 40 anos, a probabilidade de sofrer um ataque cardíaco aumenta dez vezes nos três primeiros dias após a infecção, enquanto o risco de acidente vascular cerebral (AVC) cresce oito vezes. No caso dos idosos, esse risco permanece elevado por até dois meses após a contaminação.
Os impactos desse quadro já são visíveis nos hospitais. Dados apontam que as admissões em UTIs de idosos devido a complicações da gripe cresceram 187%, enquanto o número de óbitos subiu 157%.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da vacinação contra a gripe, principalmente para pessoas com mais de 60 anos, além da adoção de medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos e a busca por atendimento médico diante dos primeiros sintomas da doença.
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