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Impacto do Calor na Europa Eleva Preços do Azeite no Brasil

O calor e a seca persistente na Europa estão causando um impacto significativo nos preços do azeite no Brasil, que subiram quase 50% nos últimos 12 meses até maio, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os principais países produtores de azeitonas, matéria-prima do azeite, estão localizados na Europa, com a Espanha liderando o ranking, responsável por 42% da produção mundial, seguida pela Itália (9,7%) e Grécia (8,2%), conforme dados do Conselho Oleícola Internacional (COI). Além disso, o azeite desempenha um papel crucial na economia de Portugal.
Na Espanha, por exemplo, já é a quarta quebra de safra consecutiva das oliveiras. O Brasil, que importa a maior parte do azeite que consome, tem Portugal como seu principal fornecedor, enviando 53% das gorduras e óleos vegetais ao país, segundo o Comex Stat, sistema do governo para estatísticas do comércio exterior brasileiro.
A produção de azeite na Europa sofreu uma queda de cerca de 20% entre 2022 e 2023, enquanto a fabricação mundial diminuiu em torno de 8% entre 2021 e 2022, de acordo com dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP).
Diante desse cenário, o Brasil reduziu suas importações, que caíram 32% entre outubro de 2023 e março de 2024, de acordo com o COI.
O clima extremo na Europa em 2023, com temperaturas acima da média em 11 meses do ano, afetou severamente as oliveiras, originárias do Mediterrâneo e dependentes de temperaturas específicas para a produção de frutos. No ano passado, as temperaturas ultrapassaram os 40°C, causando danos às árvores e reduzindo a área plantada.
O período de floração das oliveiras, crucial para o desenvolvimento das azeitonas, foi especialmente prejudicado pelo clima adverso. fonte: DiaRural

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