top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Indústria recua 0,1% em fevereiro e completa cinco meses sem avanço

  • gazetadevarginhasi
  • 2 de abr.
  • 2 min de leitura
Reprodução
Reprodução
A produção industrial brasileira caiu 0,1% em fevereiro na comparação com janeiro, registrando o quinto mês consecutivo sem crescimento. Apesar da variação mínima, o setor acumula uma perda de 1,3% no período, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em janeiro, a produção havia ficado estável (0%), e o último avanço ocorreu em setembro de 2024, quando o setor cresceu 0,9%. Entre outubro e dezembro do ano passado, foram três meses seguidos de retração.

No acumulado de 2025, a indústria registra alta de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024. Já nos últimos 12 meses, o avanço é de 2,6%. Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento foi de 1,5%.

Mesmo com os recentes resultados, a indústria ainda se mantém 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas segue 15,7% abaixo do pico histórico registrado em maio de 2011.

Metade dos setores em queda
Dos 25 setores industriais analisados pelo IBGE, 14 apresentaram retração na passagem de janeiro para fevereiro. No total, 51,8% dos 789 produtos industriais pesquisados tiveram aumento na produção, apontando um cenário misto.
O setor farmacêutico foi o que mais puxou o índice para baixo, com queda de 12,3%. Segundo o IBGE, esse resultado se deve à volatilidade do setor, ao menor número de dias úteis devido às férias coletivas em algumas unidades e a uma base de comparação elevada após os avanços de janeiro (4,5%) e dezembro (2,5%).

Outros setores que registraram quedas expressivas foram:
  • Produtos de madeira: -8,6%
  • Produtos diversos: -5,9%
  • Máquinas e equipamentos: -2,7%
  • Móveis: -2,1%
  • Equipamentos eletrônicos e ópticos: -1,5%
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias: -0,7%

Já entre os segmentos que apresentaram crescimento, os destaques foram as indústrias extrativas (2,7%) e os produtos alimentícios (1,7%). Outros avanços incluíram:

  • Produtos químicos: 2,1%
  • Celulose, papel e produtos de papel: 1,8%
  • Outros equipamentos de transporte: 2,2%
Fatores que impactam o setor
O período de cinco meses sem crescimento é o mais longo desde 2015, quando a indústria ficou seis meses seguidos em queda, acumulando uma perda de 6,7%.
Para o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, a estagnação do setor está diretamente relacionada ao aumento da taxa de juros, à desvalorização do real frente ao dólar e à inflação elevada. “Esses fatores reduzem a confiança de empresários e consumidores”, explica.

Os juros altos encarecem o crédito e dificultam investimentos, enquanto a valorização do dólar torna os insumos importados mais caros. Além disso, a inflação – especialmente no setor de alimentos – reduz o poder de compra da população.
Esse cenário impacta a tendência da indústria, que encerrou 2024 com alta de 3,1%, mas já vê esse avanço diminuir para 2,6% no acumulado de 12 meses até fevereiro.

A média móvel trimestral, indicador que suaviza as oscilações mensais, também caiu 0,1% – o terceiro resultado negativo consecutivo, reforçando a perda de fôlego da indústria brasileira.

Fonte:Agência Brasil

Comments


Gazeta de Varginha

bottom of page