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Inflação de março sobe 0,56% com alimentos puxando alta: tomate dispara 22%

  • gazetadevarginhasi
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura
Reprodução
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A inflação oficial de março registrou alta de 0,56%, impulsionada principalmente pela escalada dos preços dos alimentos, que tiveram o maior aumento mensal desde dezembro de 2024. Apesar da pressão no setor alimentício, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desacelerou em relação a fevereiro, quando havia subido 1,31%.

Com esse resultado, o IPCA acumula uma alta de 5,48% nos últimos 12 meses, superando o teto da meta de inflação estipulada pelo governo e alcançando o maior nível desde fevereiro de 2023 (5,60%). A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — o que estabelece um intervalo de 1,5% a 4,5%.

O índice de março também representa o maior para o mês desde 2023, quando havia ficado em 0,71%. Em março do ano passado, a variação havia sido de apenas 0,16%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE apresentaram alta no mês de março. O grupo de alimentação e bebidas se destacou, com avanço de 1,17%, respondendo por 45% da inflação registrada no mês. Em fevereiro, esse grupo havia subido 0,70%.

Variação por grupo em março:
  • Alimentação e bebidas: 1,17%
  • Habitação: 0,24%
  • Artigos de residência: 0,13%
  • Vestuário: 0,59%
  • Transportes: 0,46%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,43%
  • Despesas pessoais: 0,70%
  • Educação: 0,10%
  • Comunicação: 0,24%

O índice de difusão — que mede a proporção de itens com aumento de preços — ficou em 61%.
Dentro do grupo alimentício, os itens que mais pesaram no bolso do consumidor foram: tomate, com alta de 22,55% (impacto de 0,05 ponto percentual); café moído, que subiu 8,14% (0,05 p.p.); e ovo de galinha, com aumento de 13,13% (0,04 p.p.). Juntos, esses produtos foram responsáveis por cerca de um quarto da inflação do mês.

A alimentação no domicílio teve alta de 1,31%, enquanto fora de casa subiu 0,77%.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE, a disparada do tomate é consequência do calor excessivo no verão, que acelerou a maturação e antecipou a colheita em algumas regiões. “Com a colheita antecipada, faltou produto em março, o que puxou os preços para cima”, explicou.

No caso dos ovos, a alta foi associada ao aumento no custo do milho — base da alimentação das aves — e à maior demanda durante a Quaresma. Já o café moído acumula uma inflação de 77,78% nos últimos 12 meses. A alta é atribuída tanto à redução da oferta internacional, especialmente devido à quebra de safra no Vietnã, quanto a fatores climáticos que afetaram a produção no Brasil.

Transportes teve a segunda maior contribuição para o IPCA de março, com alta de 0,46% e impacto de 0,09 ponto percentual, embora menor que em fevereiro (0,61%). O destaque foi a passagem aérea, que subiu 6,91% — o terceiro maior impacto individual do mês.

Dividindo o IPCA em categorias específicas, os serviços — influenciados pela relação entre oferta e demanda — subiram 0,62% (ante 0,82% em fevereiro), enquanto os preços monitorados — regulados por contratos ou pelo governo — variaram apenas 0,18%, desacelerando fortemente frente aos 3,16% do mês anterior.
No acumulado de 12 meses, a inflação dos serviços passou de 5,32% para 5,88%. Segundo Gonçalves, esse movimento está relacionado ao cenário de baixa taxa de desemprego no país. “Com a massa salarial em alta, há maior consumo, o que impulsiona os preços”, afirmou.

O comportamento dos serviços é acompanhado de perto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que considera esses dados ao definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao mês. A Selic é um dos principais instrumentos utilizados para conter a inflação.

O IPCA mede a variação de preços para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, com coletas realizadas em 16 capitais, incluindo as principais regiões metropolitanas do país.

Fonte:Agência Brasil

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Gazeta de Varginha

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