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Inflação geral em Varginha tem leve aceleração em julho




A inflação em Varginha, medida pelo Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPCUnis), apresentou alta de 0,12% em julho comparado com o mês anterior, uma pequena aceleração tendo em vista que em junho foi de 0,09%. Porém, ao considerar o período de doze meses, o acumulado do indicador é de 8,44% e analisando apenas 2024 o aumento totaliza 5,16%, o que foi ocasionado pelas fortes elevações ocorridas nos primeiros cinco meses deste ano.

O IMPC-Unis é um indicador calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL e apresenta o comportamento geral dos preços na cidade de Varginha. São coletados os preços de 5 grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação.

O grupo com maior elevação no mês de julho foi habitação (2,11%), ocasionada pelo aumento na energia elétrica (3,84%) devido à adoção da bandeira amarela nas contas, gás de cozinha (3,68%) em função do reajuste praticado pela Petrobras e itens de higiene pessoal (0,86%).

A segunda maior alta foi com transporte (1,94%), mais uma vez devido aos combustíveis. O etanol teve elevação de 4,36% devido à maior demanda pelo produto, enquanto a gasolina (3,67%) e o diesel (0,31%) subiram devido ao reajuste praticado pela Petrobras.

O grupo comunicação elevou 1,24% com destaque para alta nos planos básicos de internet (1,89%).

Novamente o grupo alimentação apresentou diminuição em seu resultado, desta vez em patamar maior que no mês anterior (-2,53%). Os destaques de aumento nos preços foram banana (15,47%) devido à baixa oferta do tipo prata, pão francês (8,06%) em razão da alta na cotação do trigo e café em pó (4,79%) em função das altas em sua matéria-prima. Por outro lado, as maiores quedas ocorreram com cebola (-26,68%), batata (-24,39%) e alho (-15,39%) todos em virtude da intensificação da oferta neste período de colheita da safra de inverno.
O grupo educação apresentou estabilidade.

Nossa projeção de aceleração inflacionária em relação ao mês anterior se confirmou, porém em um patamar menor do que o esperado. As altas previstas para os combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica se confirmaram, da mesma forma que as quedas nos alimentos, principalmente os hortifrutigranjeiros. Destaca-se que a contração ocorrida nos preços do grupo alimentação foi decisiva para fazer a aceleração inflacionária ficar mais tênue.

O nível de difusão inflacionária, que representa a quantidade de produtos pesquisados que apresentaram alta, atingiu o nível de 50%, resultado exatamente igual à última pesquisa referente ao mês de junho.

O índice oficial de inflação do Brasil (IPCA) ainda não tinha sido divulgado até no momento da publicação deste relatório do IMPC, mas uma medida prévia representada pelo IPCA-15 mostrou uma inflação nacional de 0,30% em julho, sendo o segundo mês consecutivo em que a inflação local é menor que a nacional.

Para o curto prazo reiteramos nossas previsões de que a inflação pode continuar se acelerando, porém em níveis não muito elevados. Fatores como a desvalorização cambial, a demanda externa, a dinâmica dos preços da energia elétrica e combustíveis, bem como a proximidade do fim de algumas safras agrícolas podem contribuir para a elevação do índice.

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