Inspeções da Cemig recuperam milhões em fraudes e evitam repasse à conta de luz
gazetadevarginhasi
21 de mai.
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Divulgação
Cemig intensifica inspeções em Minas para combater fraudes e reduzir prejuízos aos clientes regulares.
Com o objetivo de diminuir o impacto financeiro da tarifa para os clientes adimplentes, a Cemig intensificou as inspeções em unidades consumidoras suspeitas de irregularidades. Apenas entre janeiro e março de 2025, mais de 84 mil inspeções foram realizadas em todo o estado, resultando na recuperação de cerca de R$ 108 milhões — valor que inclui impostos e considera tanto o consumo irregular retroativo quanto o incremento de receita previsto para os 12 meses seguintes à regularização.
Na semana passada, a companhia promoveu um mutirão de fiscalização em diversas cidades mineiras, com mais de 1.500 vistorias em medidores de energia que apresentavam sinais de manipulação. Os equipamentos suspeitos foram encaminhados ao laboratório da empresa para análise técnica e perícia.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, somente nos três primeiros meses do ano, foram vistoriadas mais de 42 mil unidades, resultando em R$ 52 milhões recuperados com inspeções confirmadas como procedentes.
Segundo o supervisor de Relacionamento com Clientes da Cemig, Alexandre Ribeiro, a ação visa evitar o repasse do prejuízo às tarifas dos consumidores regulares. “Os principais objetivos das regularizações são minimizar o prejuízo compartilhado entre os consumidores regulares e a Cemig, além de conscientizar a população sobre o furto de energia e seus impactos para toda a sociedade”, afirmou. Ele acrescenta que, em casos mais graves, há atuação conjunta com a polícia para levar os responsáveis às delegacias.
Essas ações são coordenadas a partir do Centro Integrado de Medição (CIM), que analisa o perfil de consumo de mais de 9 milhões de clientes da Cemig. O serviço utiliza dados de unidades telemedidas em todos os níveis de tensão, representando 70% do consumo da distribuidora. Com esse monitoramento, é possível detectar rapidamente possíveis intervenções nos sistemas de medição.
Além do prejuízo econômico, as ligações irregulares comprometem a segurança pública, podendo causar sobrecarga na rede, queima de aparelhos, incêndios e até acidentes fatais. Os responsáveis por irregularidades são obrigados a ressarcir a companhia e responder por crimes como furto de energia, previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até oito anos de prisão, além de estelionato (artigo 171), conforme alertou Alexandre Ribeiro.
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