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Instituições financeiras apresentam desempenho abaixo das expectativas em sustentabilidade

  • gazetadevarginhasi
  • 18 de fev.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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No Ranking da Atuação Socioambiental de Instituições Financeiras (Rasa), apenas três das 12 instituições avaliadas obtiveram pontuação superior a 30, em uma escala de 100 pontos. O ranking, que considera o desempenho socioambiental e climático de atividades como concessão de crédito, seguros e investimentos, revela que o Rabobank alcançou 36,43 pontos, o BTG Pactual obteve 35,42 pontos, e o Sicredi somou 31,58 pontos. As demais instituições ficaram com pontuações mais baixas: Itaú/Unibanco (26,91), Banco do Brasil (24,06), Bradesco (23,28), Santander Brasil (22,27), Caixa Econômica Federal (19,10), BNB (14,74), Banco Safra (9,43), Sicoob (9,18) e Basa (8,04).

Esta é a quarta atualização desde a criação do Rasa no final de 2022. Em comparação ao primeiro ciclo de avaliação, quando apenas 10 bancos foram analisados, houve uma melhoria nas pontuações gerais, embora as posições das instituições ainda permaneçam semelhantes. O Rabobank e o BTG Pactual mantiveram-se no topo, embora suas pontuações tenham subido desde 2022. O Sicredi avançou da quinta para a terceira posição, enquanto o Banco do Brasil também melhorou, subindo da oitava para a quinta posição.

Luciane Moessa, diretora executiva da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), responsável pelo Rasa, apontou que as baixas pontuações refletem a falta de relevância da agenda socioambiental no sistema financeiro brasileiro. Ela destacou que, apesar de uma melhora nas notas, as pontuações ainda são consideradas baixas, com a falta de transações com riscos socioambientais avaliados, a superficialidade das análises e a falta de transparência entre os principais fatores dessa situação.

O Rasa avalia as instituições com base em sua gestão de riscos, composição de portfólios, produtos financeiros com impacto positivo, envolvimento em controvérsias e políticas ASG (ambiental, social e de governança). A metodologia é detalhada, considerando 28 temas relevantes para a avaliação, incluindo questões como uso eficiente de recursos, trabalho análogo ao escravo e combate à corrupção.

Giovanna Valentim, assessora de Defesa dos Direitos Socioambientais da Conectas Direitos Humanos, ressaltou a necessidade de as instituições financeiras aprimorarem suas políticas de direitos humanos, especialmente em projetos que afetam as comunidades tradicionais.

Marcos Woortmann, diretor adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade, sugeriu que o Brasil tem uma oportunidade de se destacar como exemplo de boas práticas ASG, especialmente no atual contexto político global, onde grandes instituições financeiras norte-americanas recuaram em compromissos ambientais. Ele acredita que, se o país souber evoluir nesse sentido, pode se tornar um destino atraente para investimentos.

Fonte:Agência Brasil

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