Irã declara guerra judicial e exige pena de morte para líderes de Israel
O Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, fez declarações inflamadas nesta segunda-feira (25), exigindo que líderes israelenses enfrentem penas de morte. A fala foi uma reação à decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri.
“Mandados de prisão não são suficientes. Governantes criminosos devem enfrentar a sentença de morte”, afirmou Khamenei, que mantém apoio a grupos militantes como Hamas e Hezbollah em conflitos contra Israel.
Acusações no Tribunal Penal InternacionalA decisão do TPI acusa Netanyahu e Gallant de crimes de guerra, incluindo assassinatos, perseguição e uso da fome como arma contra civis em Gaza. Por sua vez, Al-Masri, do Hamas, é responsabilizado por assassinatos em massa, estupros e sequestros durante os ataques de 7 de outubro de 2023 a Israel.
Israel rejeitou a jurisdição do TPI, classificando as acusações como absurdas. Autoridades israelenses também negam crimes de guerra, alegando que suas ações militares em Gaza e no Líbano são justificadas pelo combate ao terrorismo.
Escalada do conflitoOs ataques entre Israel e o Irã, além de seus aliados no Líbano, Síria e Gaza, têm se intensificado. Desde outubro de 2023, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza em meio a bombardeios israelenses, enquanto ofensivas contra o Hezbollah no Líbano levaram à destruição generalizada e à fuga de mais de um milhão de pessoas.
No campo diplomático, as negociações por tréguas estão paralisadas, e a troca de ataques entre Israel e milícias aliadas ao Irã segue aumentando as tensões regionais.
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