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Israel ordena fechamento de um dos últimos hospitais no norte de Gaza

Reprodução
As autoridades israelenses ordenaram, na noite deste domingo (22), o fechamento de um dos últimos hospitais em funcionamento no norte de Gaza.

Os profissionais de saúde agora tentam encontrar formas de transferir com segurança centenas de pacientes e funcionários para outros locais, enquanto enfrentam ataques aéreos intensos.

Husam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, declarou que é "quase impossível" cumprir a ordem de retirada dos pacientes, pois não há ambulâncias suficientes para o transporte.

“Atualmente, temos cerca de 400 civis no hospital, incluindo bebês na unidade neonatal, que dependem de oxigênio e incubadoras. Não podemos transferir esses pacientes de forma segura sem a ajuda adequada, equipamentos e tempo”, explicou à Reuters.
De acordo com Safiya, o hospital está sendo bombardeado com ataques diretos aos tanques de combustível, que, se atingidos, podem provocar grandes explosões e resultar na morte em massa de civis nas instalações.

Na sexta-feira (20), as forças israelenses informaram que enviaram combustível e alimentos ao hospital, além de terem auxiliado na remoção de mais de 100 pacientes e cuidadores, transferindo-os para outros hospitais em Gaza, em colaboração com a Cruz Vermelha. O Hospital Kamal Adwan é um dos poucos que ainda operam no norte de Gaza, que tem sofrido intensos ataques militares israelenses há quase três meses.

O chefe do hospital afirmou que as autoridades israelenses ordenaram que os pacientes e funcionários transferidos fossem levados para outro hospital, que já se encontra em péssimas condições, superlotado e com camas nos corredores.

O Ministério da Saúde de Gaza alertou que os três principais hospitais do norte da região, incluindo o Kamal Adwan, estão quase fora de operação, tendo sido alvos de ataques repetidos desde outubro, quando Israel enviou tanques para Beit Lahiya e outras cidades vizinhas, como Beit Hanoun e Jabalia.
Israel argumenta que suas operações visam atingir militantes do Hamas, enquanto os palestinos acusam as forças israelenses de tentar despovoar permanentemente a área para criar uma zona tampão.

Ataques a campo de refugiados
Na manhã desta segunda-feira, surgiram relatos de bombardeios israelenses ao campo de refugiados de al-Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. A Al Jazeera informou que pelo menos quatro pessoas morreram nos ataques.

Segundo a rede, as forças israelenses cercaram a área nas primeiras horas da manhã, usando quadricópteros e veículos blindados.

"Dispararam de forma intermitente, utilizando quadricópteros e artilharia pesada. Uma pessoa morreu no local", relatou a Al Jazeera. "A maior parte da população deslocada é composta por civis – mulheres e crianças. Eles são também as principais vítimas que chegam aos hospitais", acrescentaram.
O último balanço divulgado pelas autoridades de Gaza indica que mais de 45.200 palestinos morreram nos ataques israelenses desde o dia 7 de outubro, com mais de 107 mil feridos.

Fonte: Agência Brasil

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