Júri condena acusados de envolvimento em morte de homem agredido com ferramentas
12 de out. de 2024
Reprodução
Dois dos seis acusados pela morte de Clayton Magno de Souza, de 32 anos, foram condenados na quarta-feira (9) em júri popular em Poços de Caldas (MG). Clayton foi agredido com ferramentas de uma obra em maio de 2022, após ser suspeito de furtar uma creche no bairro Jardim Kennedy 2. Ele morreu em decorrência das agressões.
O julgamento começou na manhã de quarta-feira (9) e foi composto por seis homens e uma mulher. Gustavo de Araújo Ribeiro foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, enquanto Jonathan Vinicius do Venerando recebeu pena de 19 anos. Ambos foram condenados por homicídio qualificado, cometido por meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Essa foi a segunda vez que Gustavo e Jonathan foram julgados. No primeiro julgamento, em agosto de 2023, Gustavo havia sido condenado por homicídio privilegiado, com a justificativa de que agiu por valor social, já que a vítima era suspeita de furtos. Jonathan foi condenado por lesão corporal seguida de morte. Contudo, o Ministério Público recorreu da decisão, argumentando que o veredicto foi contrário às provas apresentadas. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais acolheu o recurso e determinou o novo julgamento.
O terceiro réu, Silvio Silveira Neto, já havia sido condenado a 25 anos de prisão por homicídio qualificado, com as mesmas agravantes de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime ocorreu em maio de 2022, quando Clayton foi atacado por várias pessoas, que o agrediram com pás, enxadas e outras ferramentas de uma obra. Moradores acionaram a Polícia Militar, relatando que de quatro a cinco indivíduos estavam espancando a vítima na rua Estanho, no bairro Jardim Kennedy 2. Clayton foi socorrido pelo Samu e levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos, que incluíam perfurações no pulmão e traumatismo craniano.
A polícia encontrou uma pá com vestígios de sangue na obra próxima ao local. De acordo com testemunhas, a agressão ocorreu porque Clayton era suspeito de cometer furtos na creche do bairro. Após as investigações, um dos agressores foi preso e um adolescente foi apreendido em junho de 2022, sob a acusação de participação no homicídio.
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