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Justiça sem distância: Juizados Virtuais de MG alcançam final de prêmio por transformar acesso no Jequitinhonha e Mucuri

  • gazetadevarginhasi
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura
Divulgação Diretor da SSJ de Teófilo Otoni, juiz federal Antônio Lúcio Túlio de Oliveira Barbosa
Divulgação Diretor da SSJ de Teófilo Otoni, juiz federal Antônio Lúcio Túlio de Oliveira Barbosa
Justiça Federal de Teófilo Otoni é finalista em prêmio nacional com projeto que leva atendimento virtual a regiões de baixo IDH.

O projeto “Juizados Especiais Virtuais”, desenvolvido na jurisdição da Subseção Judiciária de Teófilo Otoni (MG), foi selecionado como um dos finalistas do prêmio “Boas Práticas em Rede”, promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça Federal. A iniciativa tem como objetivo oferecer atendimento jurisdicional a regiões com baixos índices de desenvolvimento humano, como os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha, onde moradores percorriam até 700 km para participar de audiências ou realizar perícias médicas.

Lançado em 2020, o projeto consiste na criação de unidades avançadas da Justiça Federal em cidades que não contam com vara federal, operando de forma 100% virtual e utilizando espaços cedidos pelas prefeituras, sem gerar novos custos ao tribunal. Hoje, já são 13 unidades em funcionamento, com previsão de implantação de uma 14ª, beneficiando aproximadamente 1 milhão de pessoas.

A iniciativa começou sob a condução do juiz federal Lucílio Perdigão, na Subseção de Ponte Nova, e teve expansão liderada pelo juiz Antônio Lúcio Túlio de Oliveira Barbosa, com apoio da diretora de secretaria Adelane Cardoso e do supervisor Fernando Sfredo. Segundo o juiz Antônio Lúcio, além de ganhos processuais, o projeto proporcionou inclusão social efetiva, como no caso da comunidade indígena Maxakali, que teve acesso inédito à Justiça Federal e recebeu mais de R$ 500 mil em Requisições de Pequeno Valor (RPVs), contribuindo para a redução da desnutrição infantil.

Os impactos vão além: os valores provenientes de precatórios e RPVs tornaram-se a principal fonte de renda em muitos municípios atendidos, superando inclusive repasses do FUNDEB. Em termos de desempenho, os Juizados Virtuais apresentaram prazos médios de 49 dias para sentenças e de 78 para arquivamentos, com até 700 perícias realizadas diariamente. A acessibilidade também aumentou, com audiências simultâneas em diferentes localidades e crescimento de 400% na distribuição de ações, especialmente previdenciárias.

O projeto ainda contribuiu para a redução da competência delegada em 13 comarcas estaduais e para o alívio da carga processual no TRF6, reforçando o papel do Judiciário como vetor de transformação social.

O prêmio “Boas Práticas em Rede” foi lançado em fevereiro e avalia as iniciativas segundo critérios de Replicabilidade, Eficiência, Desenvolvimento Conjunto e Excelência. A comissão avaliadora selecionou as seis finalistas no dia 7 de abril. A premiação busca reconhecer ações inovadoras que trazem impactos positivos concretos no sistema de Justiça brasileiro.
Fonte: CJF

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Gazeta de Varginha

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