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Laboratório mineiro recebe certificação inédita para aprimorar medicamentos à base de cannabis

  • gazetadevarginhasi
  • 19 de mar.
  • 2 min de leitura
Laboratório mineiro recebe certificação inédita para aprimorar medicamentos à base de cannabis
Reprodução
Laboratório da Ufla recebe certificação inédita para pesquisa avançada com cannabis medicinal.

O laboratório da Universidade Federal de Lavras (Ufla), no Sul de Minas, é o único do Brasil certificado para projetos in vitro de cannabis medicinal geneticamente modificada. A Anvisa concedeu a autorização para funcionamento em 2023, e agora a unidade recebeu o Certificado de Qualidade e Biossegurança (CQB), permitindo manipulações mais avançadas na planta para aprimorar a produção de compostos terapêuticos.

A pesquisa é um avanço significativo na medicina, contribuindo para o desenvolvimento de medicamentos à base de canabidiol (CBD), um composto não psicoativo da cannabis sativa. No Brasil, 18 produtos à base de CBD são regulamentados e vendidos em farmácias, sendo indicados para doenças neurodegenerativas e psiquiátricas.

Um dos beneficiados pelo tratamento é Miguel, de 6 anos, diagnosticado com autismo. Sua mãe, Pauline Freire Pimenta, relata melhoras significativas. “Ele está mais tranquilo e concentrado nas terapias. Os resultados são muito positivos”, afirmou.

O neuropediatra Natanael Mota destaca que o CBD é usado para casos mais graves e pode ser administrado em conjunto com outros medicamentos. “Ele melhora crises e comportamentos agressivos, proporcionando um melhor prognóstico para pacientes com autismo”, explicou.

A coordenadora do laboratório, Vanessa Stein, enfatiza a importância da certificação. “O Brasil enfrenta barreiras para pesquisas aprofundadas devido à ilegalidade do cultivo. Com essa autorização, podemos modificar substâncias e avançar nos tratamentos”, afirmou.

A estrutura da Ufla permite o cultivo e a extração de compostos da cannabis para testes pré-clínicos em laboratório. Se os resultados forem positivos, as pesquisas avançam para a fase clínica, conduzida por uma equipe em Ribeirão Preto.

A iniciativa reforça a esperança de famílias que buscam alternativas terapêuticas. “Essas pesquisas são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos nossos filhos”, concluiu Pauline Freire.
Fonte: G1

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Gazeta de Varginha

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