Lago de Furnas terá laboratório para monitorar qualidade da água com investimento de R$ 6,2 milhões
gazetadevarginhasi
9 de mai.
2 min de leitura
Reprodução
O Lago de Furnas, conhecido como o “Mar de Minas”, vai ganhar um laboratório específico para análise da qualidade da água. Com um investimento total de R$ 6,2 milhões, o projeto será executado com recursos da Eletrobras e tem previsão de iniciar os trabalhos de campo já em 2026. A aquisição dos equipamentos está prevista para ocorrer até o fim deste ano.
Coordenado pelo professor da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Eduardo Figueiredo, o projeto foca na detecção de contaminantes emergentes — moléculas presentes em baixíssimas concentrações na água, mas que podem ser extremamente nocivas à saúde humana.
“As análises que serão realizadas são de contaminantes emergentes, como fármacos descartados de forma inadequada e agrotóxicos que podem se infiltrar na água. Mesmo em baixas concentrações, essas substâncias estão associadas a doenças graves, como Alzheimer e Parkinson”, explicou o professor em entrevista à EPTV.
O estudo também levará em conta a sazonalidade, avaliando como a variação do nível da água ao longo do ano influencia na concentração desses poluentes.
“A tendência é que, durante a seca, haja maior concentração dessas moléculas, o que pode aumentar a toxicidade da água. Por isso, as coletas vão durar pelo menos um ano”, detalhou Figueiredo.
A primeira fase das análises será realizada no braço do Rio Sapucaí, e em um segundo momento, no braço do Rio Grande. Parte do recurso já foi liberada, o que permite o início da aquisição dos equipamentos — todos de origem internacional.
“São R$ 4,2 milhões do Ministério de Minas e Energia e R$ 2 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Com isso, esperamos iniciar os trabalhos de análise no início de 2026”, completou o coordenador.
Com cerca de 1.457 km² de área, o Lago de Furnas foi criado na década de 1960 com a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas. Ele banha 34 municípios mineiros, entre eles Capitólio, Formiga, São José da Barra, Guapé, Varginha e Três Pontas, sendo fundamental para o turismo, a piscicultura e a economia regional.
Comments