Cúpula de Líderes do G20, publicou, na noite de segunda-feira (18), a sua resolução final, um dia antes da conclusão do evento, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro .O encontro do G20 reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, a União Africana e as nações e organizações convidadas pelo governo brasileiro. O Brasil exerce a presidência rotativa do grupo. O documento, assinado em consenso por todos os países-membros, destaca os três eixos principais levantados pela presidência brasileira: a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o desenvolvimento sustentável com transição energética e a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, trata de temas espinhosos na diplomacia, como a guerra da Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza. Esta era a principal fonte de preocupação do governo brasileiro, que temia que as divergências em torno do tema prejudicassem as prioridades levantadas pelo Brasil. Foi incluída, ainda, a taxação dos "super-ricos". Veja os principais pontos da Declaração de Líderes: Guerra na Faixa de Gaza. “Afirmando o direito palestino à autodeterminação, reiteramos nosso compromisso inabalável com a visão da solução de dois Estados, onde Israel e um Estado palestino vivem lado a lado, em paz, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, consistentes com o direito internacional e resoluções relevantes da ONU. Estamos unidos em apoio a um cessar-fogo abrangente em Gaza”. Guerra na Ucrânia
“Destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, cadeias de suprimentos, estabilidade macrofinanceira, inflação e crescimento”. Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
“Lançamos a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e saudamos sua abordagem inovadora para mobilizar financiamento e compartilhamento de conhecimento, a fim de apoiar a implementação de programas de larga escala e baseados em evidências”.
“A Aliança defende estratégias reconhecidas, como transferências de renda, desenvolvimento de programas locais de alimentação escolar, melhoria do acesso ao microfinanciamento e ao sistema financeiro formal e de proteção social”. Taxação dos super-ricos
“Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados”. Desenvolvimento sustentável
“Nós compreendemos e reconhecemos a urgência e a gravidade da mudança do clima. Nós reafirmamos a meta de temperatura do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e de empreender esforços para limitar o aumento a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e impactos da mudança do clima”. Transição energética
“Reafirmando que os países em desenvolvimento precisam ser apoiados em suas transições para emissões de baixo carbono, nós trabalharemos para facilitar o financiamento de baixo custo para esses países".
“Nós nos comprometemos a reformar o Conselho de Segurança por meio de uma reforma transformadora que o alinhe às realidades e demandas do século XXI, que o torne mais representativo, inclusivo, eficiente, eficaz, democrático e responsável, e mais transparente para toda a comunidade das Nações Unidas. [...] Nós reivindicamos uma composição ampliada do Conselho de Segurança que melhore a representação das regiões e grupos sub-representados e não representados, como a África, Ásia-Pacífico e América Latina e Caribe”.
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