Lula critica vazamentos no governo e brinca sobre "anão" infiltrado em reuniões
21 de fev.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou insatisfação com os constantes vazamentos de informações de reuniões ministeriais para a imprensa. Em entrevista à rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20), Lula afirmou que detalhes de encontros privados no Palácio do Planalto chegam ao público antes mesmo de as reuniões terminarem.
O petista ironizou a situação e brincou que existe um "anão debaixo da mesa", sugerindo que há um vazamento constante dentro do governo.
“Desde o outro mandato eu sempre dizia, ‘tem um anão na minha sala, tem um anão debaixo da mesa’. Porque a gente faz uma reunião e fala: ‘ninguém pode falar nada sobre essa reunião’. Mas a reunião nem acaba e já tem coisa lá fora, sempre tem um jornalista que recebe informação”, disse Lula.
O presidente abordou o tema ao comentar as especulações sobre uma possível reforma ministerial, algo que ele negou estar planejando no momento. No entanto, bastidores do Planalto indicam que mudanças na Esplanada dos Ministérios são debatidas há meses.
JANJA NO GOVERNO
Durante a entrevista, Lula também foi questionado sobre a influência da primeira-dama, Janja da Silva, nas decisões do governo. O petista elogiou a esposa e afirmou que ela "dá palpite" em sua vida, destacando que o relacionamento dos dois é baseado no cuidado e na cumplicidade.
“A coisa gostosa que tem na minha relação com a Janja é que ela dá palpite na minha vida. Essa é uma coisa gostosa. Ela cuida de mim de uma forma muito gostosa”, declarou Lula.
A atuação de Janja no governo já gerou críticas dentro e fora do governo, especialmente por sua participação ativa em temas como cultura, comunicação e eventos oficiais. No entanto, o presidente sempre defendeu a liberdade da primeira-dama para opinar e atuar em áreas que considera importantes.
As declarações de Lula reforçam um cenário de bastidores movimentados no governo, com disputas internas, rumores de mudanças ministeriais e o papel crescente de Janja na gestão petista.
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