Lula e Gleisi Hoffmann defendem debate sobre aborto em casos de estupro como questão de saúde pública
Elisa Ribeiro
20 de jun. de 2024
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Divulgação
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), compartilhou um vídeo nas redes sociais onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o aborto em casos de estupro, reacendendo o debate sobre o tema. Lula deu a declaração em entrevista à Rádio CBN, onde destacou a necessidade de tratar o assunto como uma questão de saúde pública. O vídeo gerou controvérsia, pois Gleisi Hoffmann omitiu um trecho da declaração de Lula onde ele se referiu a um bebê concebido em estupro como um possível "monstro".
O debate foi impulsionado pelo Projeto de Lei 1.904/2024, em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao homicídio simples. Na entrevista, Lula abordou a questão sensível, mencionando que meninas jovens muitas vezes escondem o estupro dos pais, levantando a questão de quais são as consequências para essas jovens em tal situação.
Gleisi Hoffmann apoiou a visão de Lula, enfatizando que o aborto em casos de estupro não deve ser criminalizado e deve ser debatido com seriedade pelo Congresso e pela sociedade. Ela concordou com a abordagem de Lula de tratar o aborto como uma questão de saúde pública, criticando a disparidade de acesso aos procedimentos seguros.
Lula, durante uma viagem à Itália, anteriormente condenou a ideia de uma mulher estuprada receber uma pena maior que a do estuprador, classificando isso como "insanidade". A posição conjunta de Lula e Gleisi reflete a perspectiva de que o aborto em casos extremos deve ser uma opção segura e acessível para mulheres que sofreram violência sexual.
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